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Educadores defendem mudanças na sala de aula
May 12, 2010
Yves de La Taille e Saul Neves de Jesus discutem novos caminhos para a escola, durante o Fórum SM de Educação, realizado nesta terça-feira em São Paulo. Evento acontece na próxima quinta no Rio de Janeiro.
A atual geração de alunos apresenta características culturais e cognitivas diferentes da tradicional, com novos valores e referências, o que impõe desafios à escola. Para refletir sobre as formas de educar dentro da sala de aula, Edições SM realizou em São Paulo, nesta terça-feira, 11 de maio, o Fórum SM de Educação, com o tema A sala de aula em transformação: espaço de aprendizagem e participação, quando recebeu dois expoentes da educação, Saul Neves de Jesus (na foto, à esquerda) e Yves de La Taille (à direita), para debater essa nova realidade.
“Não temos mais modelos prontos. Somos as primeiras gerações a entrar num espaço completamente novo, com o mundo mudando a uma velocidade tão grande que a escola também não poderia ficar sem mudar”, disse o diretor geral do Grupo SM no Brasil, José Henrique del Castillo, recorrendo ao pensador francês Pierre Lévy, ao levantar o cenário em que a escola se insere, com alunos não sendo mais meros ouvintes, mas participantes. “Com essa mentalidade democrática, acreditamos ser possível resgatar o interesse do aluno para o espaço real, assim como ele tem pelo espaço virtual”.
Para o pesquisador português Saul Neves de Jesus, doutor em Psicologia e professor catedrático da Universidade do Algarve, diferentemente dos anos 60 e 70, quando o desafio da humanidade era a democratização do ensino, garantindo o acesso à escola, a partir dos anos 80 e 90 a meta passou a ser a qualidade, considerada pelo sucesso de desempenho, motivação e disciplina dos alunos. Para tanto, ele propõe uma mudança de atitude dos professores de modo a envolver os alunos. "As novas tecnologias podem ser usadas para promover competências como a criatividade e a resolução de problemas", exemplifica. Sugere, ainda, que o ensino seja mais participativo e flexível, valorizando as diferenças e qualidades dos alunos. “A diversidade enriquece a troca”, afirma.
Já o educador Yves de La Taille, professor de Psicologia da Universidade de São Paulo, abordou a convivência, o diálogo e a participação como condições de aprendizagem, na perspectiva da autonomia e da liberdade e não apenas da memorização. “Sem alguma forma de disciplina não há diálogo ou participação”, disse. “Mas disciplina não é sinônimo apenas de obediência pelo poder. É também respeito moral e ético e auto-disciplina. E o que faz a escola para alfabetizar moralmente nossos alunos nesta sociedade do consumo imediato?”, questionou, apontando para a necessidade de a escola se posicionar frente ao fenômeno social da fragmentação e perda de sentido. “A escola pode ser uma usina de sentidos, onde não ensinamos apenas as respostas, mas sim provocamos as perguntas”.
Continuidade do debate - No Rio de Janeiro, o Fórum SM de Educação acontece no dia 13 de maio (próxima quinta), das 8h às 12h, no Hotel Sofitel, na Avenida Atlântica, 4240 - Copacabana. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelos telefones (21) 2554 8844 e 0800 286 3120 ou pelo e-mail [email protected].
O Grupo SM é um grupo de Educação de referência na Espanha e na América Latina liderado pela Fundação SM. Responsabilidade social, inovação e proximidade à escola pautam o trabalho da entidade, que tem como objetivo promover o desenvolvimento humano e a transformação social para a construção de uma sociedade mais competente, crítica e justa.
No Brasil, onde atua desde 2004, o Grupo SM oferece um amplo catálogo de serviços educacionais e conteúdos didáticos e de literatura infantil e juvenil para a educação básica elaborado por Edições SM, e integrado a um projeto que inclui estímulo à formação continuada e à valorização de professores, incentivo à reflexão sobre educação, apoio a projetos socioculturais de diversas instituições, e fomento à leitura e à produção literária. Em parceria com o Ministério da Educação, a Organização dos Estados Ibero-americanos e outras instituições educacionais, promove iniciativas como o Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos e o Prêmio Professores do Brasil. Destacam-se também o Prêmio Ibero-Americano SM de Literatura Infantil e Juvenil e o Prêmio Barco a Vapor, que se propõem a despertar o prazer pela leitura entre crianças e jovens e estimular a produção literária em espanhol e português.
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