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Gestão da sala de aula é desafio real para o professor

Apr 27, 2012

Educador Celso Vasconcellos propõe estratégias para a gestão da sala de aula, na série Gestor Escolar, de Edições SM. Para Vasconcellos, professores precisam recuperar a autoestima

Gestão da sala de aula é desafio real para o professor

Vídeo com Celso Vasconcellos

“Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática”, disse o mais renomado educador e filósofo brasileiro, Paulo Freire (1921-1997). A ele recorre o também pedagogo, filósofo e pesquisador Celso Vasconcellos, para discutir a gestão da sala de aula, um dos temas da série Gestor Escolar - Fundamentos, que acaba de ser lançada por Edições SM e está disponível gratuitamente em seu site para todos os educadores. Doutor em Educação pela USP, mestre em Filosofia da Educação pela PUC-SP e professor de cursos de graduação e pós-graduação na área da Educação, Vasconcellos revisita vários aspectos metodológicos, como o relacionamento interpessoal, a organização da coletividade, o trabalho com o conhecimento e o enfrentamento dos desafios do cotidiano.

Ele parte de várias questões pertinentes ao papel do professor: Quem vai dizer a criança, jovem ou adulto, de forma fundamentada e crítica, que um outro mundo é possível? Quem vai ajudar a criança a se “desgrudar” do aqui e do agora, a navegar no tempo e no espaço, a sair da ditadura do presente, do concreto, a transitar pelo abstrato, pelo categorial, e voltar ao concreto com instrumentos para sua transformação? Quem vai ajudar a garantir o direito inalienável de acesso à cultura que todo ser humano tem, cuidando para que cada um e todos aprendam? Quem vai ajudar a criança, o jovem e o adulto a experimentar que o conhecimento liberta?

A partir destas questões, o educador discute a gestão da sala de aula, um dos cinco temas abordados pela série Gestor Escolar – Fundamentos, disponível no site de Edições SM (clique aqui). Além de textos explicativos e eslaides, há também um vídeo com o próprio Celso Vasconcellos, com 20 minutos de duração, bem como bibliografia complementar, textos de apoio e ficha de avaliação, para que os gestores escolares possam implantar em suas próprias escolas.

Gestor EscolarA série Gestor Escolar – Fundamentos é uma iniciativa de Edições SM que visa subsidiar o educador brasileiro com abordagens teórico-metodológicas para a compreensão, reflexão e transformação da prática do cotidiano escolar. Integra o projeto educativo do Grupo SM no Brasil, composto pela união do trabalho social realizado pela Fundação SM e o trabalho editorial das empresas do grupo, que publicam livros didáticos e de literatura infantil e juvenil voltados para a formação integral do aluno, com foco na educação em valores.

Relação aluno-professor - Na “bela brincadeira de ser professor”, da qual Vasconcellos participa há mais de 35 anos, alguns aspetos da relação aluno e professor dentro da sala de aula merecem atenção especial. O ponto de partida é resgatar a condição de sujeito do profissional, sua autoestima, o valor de si próprio e de seu trabalho. Para além das questões do “entorno” da situação do professor, como salário, número de alunos em classe, recursos disponíveis, tempo de trabalho, família, mídia, por exemplo, há os limites internos, pessoais e da instituição, e é nessa zona de autonomia relativa, que se encontra o espaço de liberdade para atuação imediata, como a escolha entre respeitar e valorizar, ou não, os conhecimentos prévios do aluno, sua história de vida e a sua participação. Isso significa que há, desde já, uma esperança de que algo possa ser feito na sala de aula, “um complexo, um mundo, a alma da escola onde as coisas acontecem”, explica Vasconcellos. Três dimensões integram esse complexo: o relacionamento interdisciplinar, a organização da coletividade e o trabalho com o conhecimento.

Geralmente o último aspecto é o mais enfatizado, mas se o professor não tem capacidade de desenvolver uma relação interpessoal de qualidade, todo o trabalho com o conhecimento ficará comprometido. A segunda dimensão é o clima de participação e respeito em sala, pois essas são condições fundamentais para aquisição do conhecimento. “É papel do professor organizar as condições de trabalho em classe, motivando e pondo limites”, argumenta Vasconcellos.

Para tanto, é preciso explicitar para os alunos os objetivos do “contrato” pedagógico, para então estabelecer juntos o “contrato” didático, a partir dos quais se definem as regras do “jogo” em classe. Sem esse clima, o professor não vai conseguir ouvir o aluno e estabelecer um vínculo interpessoal. “A disciplina não se opõe à liberdade”, enfatiza o educador, “mas se configura como um elemento que estimula o seu exercício, na medida em que favorece o aprendizado”.

Entretanto, essa terceira dimensão – a construção do conhecimento –, que é a tarefa básica da escola, não está sendo atingida a contento. Ainda há muitas deficiências. Vasconcellos constata que, para que o aluno aprenda, ele tem que querer, agir e se expressar. Esses são os três pontos básicos da educação, que se desdobram nas três dimensões da metodologia dialética da construção do conhecimento em sala de aula. A primeira é a mobilização para a aprendizagem, ou seja, o professor tem de se preocupar com o querer do aluno, que não vem pronto de casa. “Cabe ao professor provocar e não sufocar esse interesse”. A segunda, da construção do conhecimento, é o momento em que o aluno vai analisar o objeto buscando chegar a sua síntese. “Uma estratégica básica é a problematização, quando o professor vai aproveitar as perguntas do aluno ou, quando ela não vem, vai provocar essas perguntas, para motivá-lo a buscar o conhecimento”, explica.

A terceira dimensão é a elaboração da expressão da síntese do conhecimento, que é quando o aluno “fecha” o ciclo. Essa expressão pode se dar de forma oral, gestual, escrita, por meio de uma maquete ou outra linguagem. Mas é importante que o aluno consiga expressar sua síntese e análise.

Educação como mediação - Considerando essas três dimensões da educação, Celso Vasconcellos diferencia o professor instrucionista daquele que atua como mediador do conhecimento. “O primeiro transmite informações, enquanto que o segundo atua na mediação da construção do conhecimento”, distingue.

Vasconcellos também destaca o enfrentamento de desafios. Mesmo com estratégias preventivas para que o aluno aprenda, sempre surgem situações completas, como as de conflito em sala de aula. “Nesses casos, é preciso agir rapidamente, para não deixar se acumular”, alerta. De acordo com o educador, as situações de conflito, se enfrentadas logo no início, podem servir como forma de reflexão sobre valores éticos e morais, o que será, portanto, um momento de aprendizado significativo.

Outra questão abordada por Celso Vasconcellos diz respeito ao impasse entre autoritarismo e liberalismo exacerbado, em que defende a adoção da sanção por reciprocidade, como proposto por Jean Piaget, ou seja, o castigo que leva o sujeito a refletir sobre seu ato e a restabelecer o vínculo rompido. É, portanto, uma medida educativa. Outro desafio do professor é enfrentar a resistência de seus colegas quando tenta inovar. No material desenvolvido por Vasconcellos, há uma série de dicas que ajudam o professor a exercer sua liberdade e autonomia em sala de aula e a exercer seu papel do mediador da construção do conhecimento, passando pelos quatro pontos básicos vistos: acolhimento, provocação, subsídio e interação.

A série completa está disponível no site www.edicoessm.com.br

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Logo_SMO Grupo SM é um grupo de Educação de referência na Espanha e na América Latina liderado pela Fundação SM. Responsabilidade social, inovação e proximidade à escola pautam o trabalho da entidade, que tem como objetivo promover o desenvolvimento humano e a transformação social para a construção de uma sociedade mais competente, crítica e justa.

No Brasil, onde atua desde 2004, o Grupo SM oferece um amplo catálogo de serviços educacionais e conteúdos didáticos e de literatura infantil e juvenil para a educação básica elaborado por Edições SM, e integrado a um projeto que inclui estímulo à formação continuada e à valorização de professores, incentivo à reflexão sobre educação, apoio a projetos socioculturais de diversas instituições, e fomento à leitura e à produção literária. Em parceria com o Ministério da Educação, a Organização dos Estados Ibero-americanos e outras instituições educacionais, promove iniciativas como o Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos e o Prêmio Professores do Brasil. Destacam-se também o Prêmio Ibero-Americano SM de Literatura Infantil e Juvenil e o Prêmio Barco a Vapor, que se propõem a despertar o prazer pela leitura entre crianças e jovens e estimular a produção literária em espanhol e português.


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