Unificação ortográfica é analisada por Marcos Bagno

No último dia 6 de maio, o Parlamento português votou a favor do texto que padroniza o idioma em todos os países lusófonos. O acordo foi firmado em 1991, sendo validado em 2004 no Brasil, seguido por Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

Ocorrerão pequenas mudanças na escrita da língua que usamos no Brasil, assim como haverá conseqüências para a produção literária nacional e o mercado editorial. Atento para as alterações de grafia do português “brasileiro”, o professor Marcos Bagno, professor do Departamento de Lingüística da Universidade de Brasília (UnB), desenvolve um amplo trabalho de pesquisa sobre a discriminação social por meio da linguagem e é um dos nomes de referência no país para abordar o tema da unificação ortográfica.

Doutor em Filologia e Língua Portuguesa pela USP, Bagno é também escritor, poeta e tradutor. Já escreveu e organizou cerca de trinta livros, entre eles, Preconceito lingüístico: o que é, como se faz, cuja 50ª edição será lançada em breve, Norma lingüística, Lingüística da norma, Pesquisa na Escola e Dramática da Língua Portuguesa, todos publicados por Edições Loyola.

Por sua produção literária, Bagno recebeu diversos prêmios como o da IV Bienal Nestlé de Literatura Brasileira (contos), o Prêmio João de Barro (literatura infantil) e o Prêmio Carlos Drummond de Andrade (poesia). Alguns de seus livros foram classificados como “altamente recomendáveis” pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.