Tarde de autógrafos de "As talhas jesuíticas da matriz de São Vicente" no Instituto Histórico e Geográfico da cidade

Preciosos sobreviventes da primeira era colonial do Brasil, os Fragmentos Vicentinos estão entre as obras de arte mais antigas dos jesuítas no continente. Agora, a história da arte brasileira recua sua linha do tempo para 1559 com a publicação do livro As talhas jesuíticas da matriz de São Vicente – 1559.

Esta fascinante jornada pela arte sacra colonial ganha vida na obra que revela as mais antigas criações das oficinas jesuíticas para os altares da igreja da então vila de São Vicente, datadas de 1559. Resultado de 22 anos de pesquisa do professor Percival Tirapeli, o livro detalha a generosa doação de um conjunto de 20 fragmentos pela família Przirembel ao Museu de Arte Sacra de São Paulo, enriquecida por colaborações internacionais de importantes pesquisadores. A publicação é uma coedição entre Arte Integrada e Edições Loyola.

Esculpidas em madeira por indígenas sob a orientação dos padres da Companhia de Jesus, as obras são testemunhas do encontro entre culturas e religiões na América Colonial. Estes relevos que adornavam altares e a mesa de comunhão na antiga matriz vicentina ganham destaque graças aos esforços dos autores e organizadores da obra, Percival Tirapeli e Victor Hugo Mori, além de filósofos, teólogos e renomados especialistas internacionais como Francisco Lameira e Gauvin Alexander Bailey.

O livro apresenta as esculturas e explora a história da igreja de São Vicente e a arte luso-brasileira, incluindo um texto inédito do arquiteto Victor Hugo Mori, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Com mapas antigos e fotografias históricas, os leitores são transportados para uma época em que fé e arte se entrelaçavam de forma única.

“A descoberta desses fragmentos vicentinos representa um marco na preservação do nosso patrimônio cultural”, afirmam os patrocinadores do projeto, Beatriz Tassinari Brandão e Alexandre Luiz Rocha. Segundo o especialista canadense Gauvin Alexander Bailey, “os fragmentos vicentinos são algumas das primeiras obras de arte jesuítica do mundo, criadas apenas duas décadas após a fundação da Ordem e quase uma década antes de qualquer outra fundação jesuítica nas Américas.”

A obra é dividida em três partes, oferecendo uma visão abrangente dos tesouros jesuíticos de São Vicente. Desde a história da igreja até os detalhes iconográficos das talhas, o livro promete encantar tanto os amantes da arte quanto os estudiosos da história colonial brasileira.

O lançamento contará com uma tarde de autógrafos no Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente (Rua Frei Gaspar, 280 | Centro | São Vicente | SP), proporcionando uma oportunidade única para os leitores conhecerem os autores e obterem mais informações sobre esta descoberta histórica.

Algumas destas imagens estão disponíveis na Galeria de Fotos do livro.

Sobre os autores

Victor Hugo Mori, Percival Tirapeli e os fragmentos vicentinos (Foto: Divulgação)

Percival Tirapeli é professor titular em História da Arte Brasileira pela Unesp, com pós-doutorado pela Universidade Nova de Lisboa, doutorado e mestrado pela USP. Foi conselheiro do Condephaat e é membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), Aica (Internacional) e do International Council on Monuments and Sites (Icomos Brasil). Publicou 30 livros sobre Arte Brasileira.

Victor Hugo Mori é arquiteto do Iphan desde 1987, formado pela Universidade Mackenzie. É conselheiro do Centro Internacional para La Conservacion del Patrimonio (Cicop/Brasil) e membro do Icomos Brasil. Autor de livros sobre Arquitetura e Patrimônio Cultural.

Dados Técnicos

Título: As talhas jesuíticas da matriz de São Vicente – 1559
Autores: Percival Tirapeli e Victor Hugo Mori
Páginas: 200, com fotos, mapas e ilustrações coloridas
Formato: 23,5 x 30 cm
Preço: R$ 120,00
ISBN: 978-65-5504-345-7 – Arte Integrada e Edições Loyola

Tarde de autógrafos no Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente