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Pesquisadores analisam as condições de trabalho no Brasil e no mundo
Apr 27, 2016
Há exatos 130 anos, em 1º de maio de 1886, trabalhadores americanos da cidade de Chicago organizavam uma greve geral contra as condições desumanas de trabalho. Mas o conflito com a polícia durante quatro dias deixou dezenas de mortos e feridos. A data passou a ser considerada um marco da luta de trabalhadores e foi adotada em todo o mundo como o Dia do Trabalho. Vários títulos da EdUFSCar abordam justamente as condições de trabalho no Brasil e no mundo.
Desde a década de 1980, a discussão sobre o estatuto do mundo rural na contemporaneidade tem revelado novas possibilidades de leitura sobre as sociabilidades no campo. Esgotada a tese acerca da industrialização ou urbanização do mundo rural, o viés evolucionista intrínseco a tais abordagens cedeu espaço a uma multiplicidade de leituras sobre fenômenos cujas dinâmicas revelavam-se para além do então chamado mundo agrícola. Duas dimensões importantes de análise – relativas ao trabalho e à questão ambiental – vêm sustentando a disseminação de novos enfoques nos estudos rurais. Inscrito no debate sobre tais transformações, a coletânea Ruralidades, trabalho e meio ambiente: diálogos sobre sociabilidades rurais contemporâneas (236 páginas, R$ 38,00), organizada por Rodrigo Constante Martins, reúne textos que evidenciam a diversidade de olhares e interpretações produzidos por sociólogos brasileiros e estrangeiros sobre as ruralidades contemporâneas.
A questão da mobilidade do capital e do trabalho é o tema central que "costura" as diversas pesquisas apresentadas na obra Outras sociologias do trabalho: flexibilidades, emoções e mobilidades (357 páginas, R$ 48,00), organizada por Jacob Carlos Lima. São doze artigos produzidos por pesquisadores brasileiros e estrangeiros que estão agrupados em três temas: “Mobilidades”, “Emoções, temporalidades e espacialidades” e “Transitorialidades”. Em comum, buscam dar um novo significado à sociologia, voltada para o campo do trabalho, a partir da análise comparativa da situação em diversos países, como Brasil, Inglaterra, Canadá e Catar. Os autores discorrem sobre as fronteiras que se dissolvem no processo de globalização, em que as relações se tornam mais líquidas e dispersas. A ideia do não lugar, do transitório, manifesta-se na mobilidade permanente, temporal e geracional dos trabalhadores.
Inspirado nos últimos seminários de Michel Foucault, da década de setenta, e nas teorias de Gilles Deleuze e Félix Guattari, o filósofo italiano Maurizio Lazzarato busca em O governo das desigualdades: crítica da insegurança neoliberal (93 páginas, R$ 29,00) acompanhar os novos mecanismos de poder vigentes no contexto neoliberal. Mas não o faz apenas teoricamente. Parte da luta concreta dos trabalhadores intermitentes no setor de espetáculos, que até então gozavam de proteção social condizente com o caráter descontínuo de sua atividade. A partir do estudo dessa categoria aparentemente secundária, revela uma tendência crescente do próprio trabalho no capitalismo atual: a não distinção entre tempo de trabalho e tempo de lazer, a alternância entre trabalho e não trabalho, a precarização do emprego, o lugar da invenção e da criatividade, dentre outros aspectos.
Em Operários sem patrão (171 páginas, R$ 21,25), a socióloga Lorena Holzmann relata a transferência de comando de uma empresa capitalista para o cooperativismo. O objeto de estudo é a indústria Wallig, do Rio Grande do Sul, que vivenciou um declínio nos anos de 1981 a 1983. Para evitar o fechamento, os trabalhadores formaram duas cooperativas, uma de fundição e outra de mecânica, e alugaram as instalações da massa falida para prosseguir as operações da antiga empresa. A apresentação do livro foi escrita por Paul Singer.
Organizada por José Roberto Novaes e Francisco Alves, a obra Migrantes: trabalho e trabalhadores no Complexo Agroindustrial canavieiro (314 páginas, R$ 35,00) traz uma pluralidade de abordagens sem a pretensão de apresentar um esquema explicativo único e fechado. Este livro tem uma unidade: o entendimento de que o trabalho e o debate acerca de suas condições atuais e perspectivas futuras continuam tendo centralidade para a compreensão de toda a dinâmica social neste século que se inicia.
Já Velhos trabalhos, novos dias: modos atuais de inserções de antigas atividades laborais (402 páginas, R$ 30,00), organizado por Izabel Cristina Ferreira Borsoi e Rosemeire Aparecida Sopinho, aborda o Brasil pelo trabalho a partir dos contrastes e diversidades presentes no cotidiano dos trabalhadores brasileiros. Potencializados através de pesquisadores com as mais diversas formações e seus comprometimentos com suas realidades locais e regionais, esta obra também traz em seus capítulos as formas de assalariamento e a construção de relações autogestionárias, que também fazem o leitor pensar sobre as possibilidades e os limites de levarmos em conta, efetivamente, as pessoas no trabalho.
Publicada originalmente na Finlândia, Índice de capacidade para o trabalho (59 páginas, R$ 16,00), de autoria de Kaija Toumi, Juhani Ilmarinen, Antii Jahkola, Lea Katajarinne e Arto Tulkko, se configura como um instrumento utilizado em Serviços de Saúde Ocupacional e áreas afins. Pode ser utilizado, junto com exames clínicos de saúde, como um dos métodos de avaliação do próprio trabalhador ou trabalhadora sobre sua capacidade para o trabalho. Podendo ser aplicado desde o ingresso na força de trabalho, o ICT tem prognosticado, de forma confiável, mudanças na capacidade para o trabalho em diferentes grupos ocupacionais. Mostrou-se significativo para o Brasil em razão do acelerado envelhecimento da população e das consequências negativas observadas tanto na inserção quanto na manutenção e nas condições de saúde dos brasileiros com mais de 30 anos.
Analfabetismo, baixa autoestima, dificuldades de comunicação, ausência ou instabilidade de relacionamentos sociais, falta de repertório básico para o trabalho, problemas de locomoção, distúrbios físicos e de saúde, comportamentos aberrantes. São essas algumas das características que marcam pessoas com séria deficiência intelectual, quando se encerram os esforços acadêmicos e elas devem ser encaminhadas para o trabalho, por volta dos 14 aos 18 anos. Geralmente diagnosticadas tardiamente, enfrentam uma série de barreiras para ter acesso a serviços especializados durante a infância. A probabilidade de sua inclusão no mercado acaba, portanto, sendo baixíssima. Para ajudar a reverter esse quadro, os pesquisadores e doutores em Psicologia Giovana Escobal e Celso Goyos discorrem o assunto na obra Trabalho de indivíduos com atraso no desenvolvimento intelectual: contribuições da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e Processo de Tomada de Decisão (212 páginas, R$ 29,00). O livro trata da questão do trabalho de indivíduos com atraso intelectual, mas sob o ponto de vista da Análise do Comportamento. Mais especificamente, como as técnicas e os procedimentos desta abordagem podem ser aplicados para o entendimento dessa complexa questão e o encaminhamento de possíveis soluções.
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