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Conto clássico ganha versão na perspectiva dos personagens
Oct 27, 2014
Estudantes do 5º ano da Escola Santi exercitam o foco narrativo ao reescreverem conto clássico. Ao final da atividade, o resultado é publicado em livro e apresentado durante a mostra escolar.
Escrever bem é um processo trabalhoso que requer o domínio de diversos recursos. Após um ano inteiro lendo e escrevendo histórias, os alunos do 5º ano da Escola Santi são desafiados a reescrever o conto clássico europeu “Chapeuzinho Vermelho”, a partir do ponto de vista de um determinado personagem, selecionado por eles, para exercitar o foco narrativo, o tempo verbal e a modalização de textos.
A história passa a ter um narrador diferente: antes onisciente, será agora um dos personagens, que sabe apenas o que viveu ou o que lhe contaram na história original. A partir desta nova perspectiva, o desafio é escrever o texto de maneira que contemple os principais episódios do original sem descaracterizar os personagens. Depois de todo o processo de criação e revisão, é publicado um livro de coletâneas, apresentado e autografado durante a Mostra Santi de Trabalhos, que aconteceu no sábado, 18 de outubro.
Antes de se debruçarem na atividade, os alunos leem as duas versões mais conhecidas da história: uma escrita pelo francês Charles Perrault (século XVII) e outra, pelos irmãos Grimm (século XVIII). É feita uma análise das personagens e de suas principais características para que seja possível conhecer a personalidade de cada uma.
De acordo com a professora Maria Augusta Meneghelo, a partir da listagem dos episódios, os alunos escolhem um personagem para reescrever sob um novo olhar, mudando o foco narrativo. “Se ele escolher ser a vovó, terá que contar a história sob o olhar da vovó. Precisará pensar no que escrever, pois a vovó não sabe tudo dessa história”, explica.
Após essa etapa, segundo a educadora Pâmea Fagundes França, os alunos começam a escrever as suas histórias a mão para depois redigirem no computador. “São ainda feitos exercícios de mudança de foco narrativo e de tempo verbal, que vão auxiliar as crianças na tarefa de escreverem seus contos”, afirma.
Na fase seguinte, é feita a revisão dos textos em conjunto com os professores e colegas, que podem opinar e sugerir melhorias. “Em duplas, revisam a ortografia e conferem se o personagem não foge da história”, detalha França.
Para ambas as professoras, o principal desafio dos alunos é se colocar no papel de narrador sem sair do personagem. “Buscamos ajudar o tempo verbal, mudar o foco narrativo, modalizar e lembrar que seu personagem não sabe tudo da história, como nos contos que lemos em que o narrador é onisciente”, diz Maria Augusta. “Os alunos não podem contar o que o personagem não sabe e devem analisar a melhor ordem para narrar os fatos. É um processo de criação”, completa Pâmea.
Ao mesmo tempo em que produzem os contos, fazem as ilustrações para as histórias nas aulas de educação artística. “Depois de terminarem os textos e os desenhos, inicia-se o processo de edição do livro”, diz Pâmea França. “Ela é feita de maneira coletiva e nós, professores, somos os mediadores. É um exercício democrático no qual o resultado é impresso e apresentado na Mostra Santi de Trabalhos.”
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