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Os alicerces do pensamento anarquista, de Rousseau a Proudhon e Bakunin
Nov 06, 2006
Desde as origens do movimento anarquista no final do século XIX, seus integrantes eram encarados pela sociedade como baderneiros que pregavam o caos e a desordem política e social. Em Os arquitetos da ordem anárquica, lançamento da Editora UNESP, Patrizia Piozzi afirma que a abolição das leis e governo não significa um estado de anomia, como imagina o senso comum, mas, ao contrário, é condição para a emergência de uma ordem autogerida e equilibrada. Por meio da análise de pensadores do movimento, ela mostra o autoritarismo presente na tradição anarquista, no sentido em que interioriza a ordem externa e impõe o que é natural ao indivíduo. A autora remonta as origens do pensamento anarquista às idéias de Jean-Jacques Rousseau que orientaram as principais utopias socialistas do século XIX. Apresenta também o pensamento de Pierre Joseph Proudhon (autor do clássico O que é a propriedade?, onde lança a famosa frase “a propriedade é um roubo”) e ideário de Michel Bakunin, jovem revolucionário russo que pregava a instauração de um “reino da cooperação livre”.
Desde as origens do movimento anarquista no final do século XIX, seus integrantes eram encarados pela sociedade como baderneiros que pregavam o caos e a desordem política e social. Em Os arquitetos da ordem anárquica, lançamento da Editora UNESP, Patrizia Piozzi afirma que a abolição das leis e governo não significa um estado de anomia, como imagina o senso comum, mas, ao contrário, é condição para a emergência de uma ordem autogerida e equilibrada. Por meio da análise de pensadores do movimento, ela mostra o autoritarismo presente na tradição anarquista, no sentido em que interioriza a ordem externa e impõe o que é natural ao indivíduo.
A autora remonta as origens do pensamento anarquista às idéias de Jean-Jacques Rousseau que orientaram as principais utopias socialistas do século XIX. Apresenta também o pensamento de Pierre Joseph Proudhon (autor do clássico O que é a propriedade?, onde lança a famosa frase “a propriedade é um roubo”) e ideário de Michel Bakunin, jovem revolucionário russo que pregava a instauração de um “reino da cooperação livre”. Em comum, Proudhon e Bakunin identificavam na revolução anticapitalista e antiestatal a tendência racionalizadora e orgânica da sociedade a constituir seu próprio equilíbrio. Tais concepções, que vinculam o ideal anárquico à revolução proletária moderna, pela primeira vez de forma sistemática na tradição do pensamento anarquista, levaram a autora a posicioná-los entre os mais importantes pensadores libertários, justificando o estudo de suas teses.
Buscando compreender o significado atribuído à anarquia pelas correntes libertárias que vincularam a revolta contra a sociedade classista a um projeto coletivo e global de transformação, Piozzi busca elementos teóricos para pensar a relação entre reforma econômico-social e fim das leis e dos governos. Nesse sentido, verifica de que forma, no plano teórico, o modelo anárquico articula as exigências da liberdade pessoal e política com as da igualdade econômica, fundando a convivência cooperativa dos homens exclusivamente sobre sua razão e querer. Também busca, na passagem da “teoria à prática”, compreender como os propositores do anarquismo identificam a gênese deste modelo nos movimentos anticapitalistas da modernidade.
Sobre a autora – Patrizia Piozzi licenciou-se em Filosofia na Universidade de São Paulo (USP) na qual também realizou seu mestrado e doutorado. Começou a lecionar no Ensino Superior no Departamento de Filosofia da UNESP, em Marília. Atualmente, é professora da Faculdade de Educação da Unicamp, atuando na área que trata das relações entre as teorias políticas e a educação.
Título: Os Arquitetos da ordem anárquica
Autora: Patrizia Piozzi
Número de páginas: 232
Formato: 14 x 21 cm
Preço: R$ 39
ISBN: 85-7139-651-5
Data de publicação: 2006
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