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Vauvenargues desvenda a alma do século XVIII

Sep 02, 2007

Antes do surgimento da Psicologia, moralistas desempenhavam esse papel de observadores dos comportamentos humanos. Vauvenargues é um dos mais conhecidos moralistas franceses do século XVIII e suas Reflexões e Máximas, seleção de frases curtas sobre as relações humanas e a estatura moral de seus contemporâneos, é lançada agora pela Editora Unesp na Coleção Pequenos Frascos. Algumas vezes, esta vocação dos moralistas para revelar os segredos da alma humana resultava, como em La Rochefoucault, em uma visão pessimista. Mas não é exatamente esse o caminho percorrido por Vauvenargues, que, mesmo crítico, se mantém otimista em relação ao ser humano. Ele traz em seu texto as ambigüidades de seu tempo, revelando uma alma aristocrata seduzida pelo espírito iluminista. Se sua visão crítica da psicologia humana o remete aos autores do século anterior, simultaneamente admira Voltaire.

Vauvenargues desvenda a alma do século XVIII

Vauvenargues desvenda a alma do século XVIII

Antes do surgimento da Psicologia, moralistas desempenhavam esse papel de observadores dos comportamentos humanos. Vauvenargues é um dos mais conhecidos moralistas franceses do século XVIII e suas Reflexões e Máximas, seleção de frases curtas sobre as relações humanas e a estatura moral de seus contemporâneos, é lançada agora pela Editora Unesp na Coleção Pequenos Frascos.

Algumas vezes, esta vocação dos moralistas para revelar os segredos da alma humana resultava, como em La Rochefoucault, em uma visão pessimista. Mas não é exatamente esse o caminho percorrido por Vauvenargues, que, mesmo crítico, se mantém otimista em relação ao ser humano. Ele traz em seu texto as ambigüidades de seu tempo, revelando uma alma aristocrata seduzida pelo espírito iluminista. Se sua visão crítica da psicologia humana o remete aos autores do século anterior, simultaneamente admira Voltaire.

Autor importante para a literatura francesa do século XVIII, Vauvenargues segue esquecido como ensaísta e crítico literário. Mas o Vauvenargues moralista sobrevive, principalmente por causa de sua agudeza de sua visão psicológica dos defeitos e virtudes humanos. E suas observações seguem ferinas, como revela uma seleção aleatória de suas frases: “Desprezamos muitas coisas para não desprezar a nós mesmos”; “O comércio é a escola da trapaça”; ou “Os homens não se compreendem uns aos outros. Há menos loucos do que pensamos”.

Sobre o autor – Luc de Clapier, marquês de Vauvenargues, abraçou a carreira militar pela glória das armas. Ficou gravemente ferido na retirada da Boêmia, quando teve as pernas congeladas. Inválido, abandonou o Exército em 1744, dedicando-se à literatura. Seus textos curtos foram recolhidos em 1746 nos livros Introduction à la connaissance de l'esprit humain suivie de Réflexions et de maximes e Conseils à un jeune homm. Morreu, doente e pobre, em 1747, aos 32 anos.

Coleção Pequenos Frascos – Obras de agradável leitura em edições de bolso cuidadosamente editadas. Além de prazerosos, os clássicos selecionados para compor a coleção são de uma atualidade marcante. Já foram lançados os seguintes títulos da coleção: Como escolher amantes e outros escritos, de Benjamin Franklin; O Filósofo autodidata, de Ibn Tufayl; e Modesta Proposta, de Jonathan Swift.

Título: Reflexões e máximas
Autor: Vauvenargues (Luc de Clapier, Marquês de)
Número de páginas: 135
Formato: 11,5 x 18 cm
Preço: R$ 25
ISBN: 85-7139-765-1

Os livros da Fundação Editora da Unesp podem ser adquiridos pelo site: www.editoraunesp.com.br ou pelo telefone (11) 3242-7171.


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