Clientes
Unesp promove debate sobre os Índios Guarani
Aug 14, 2008
O Centro de Documentação e Memória (Cedem) da Unesp promove no dia 27 de agosto, quarta-feira o debate Índios Guarani: identidade, território e autonomia. O evento vai contar com a participação de Maria Inês Ladeira, autora dos livros Espaço geográfico Guarani-mbya: significado, constituição e uso (Eduem e Edusp 2008) e O Caminhar sob a luz: território Myba à beira do oceano (Editora Unesp, 2007).<
O Centro de Documentação e Memória (Cedem) da Unesp promove no dia 27 de
agosto, quarta-feira o debate Índios Guarani: identidade, território e
autonomia. O evento vai contar com a participação de Maria Inês
Ladeira, autora dos livros Espaço geográfico Guarani-mbya: significado,
constituição e uso (Eduem e Edusp 2008) e O Caminhar sob a luz:
território Myba à beira do oceano (Editora Unesp, 2007).
Além de
Maria Inês Ladeira marcam presença no debate a Professora Titular da PUC-SP
Carmen Junqueira, Antonio Carlos Robert Moraes (Professor Titular da Usp),
Marcos Tupã (membro da Coordenação da Comissão Nacional de Terras Guarani) e
Carlos Frederico Filho (procurador Geral do Estado do Paraná). A mediação fica
por conta de Célia Reis Camargo (Doutora em História na Unesp).
O evento
acontece no Centro de Documentação e Memória às 18h. Praça da Sé, 108 - 1º
andar. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo email [email protected] com Sandra
Santos, ou telefone (11) 3105 – 9903.
Sobre o Livro (O caminhar sob a luz):
Os
Guarani são indígenas das terras baixas da América do Sul – Argentina, Bolívia,
Brasil e Paraguai – que têm uma intrigante presença até os dias de hoje. O livro
O caminhar sob a luz, lançado pela Editora Unesp, enfoca os Mbya, um
dos três subgrupos Guarani que vivem no Brasil (Mbya, Nhandéva e Kaiova). A
autora Maria Inês Ladeira apresenta aqui seus estudos, que tiveram início em
1979, relativos à migração e à cosmovisão que estrutura o imaginário e a
filosofia de vida desses índios.
Os Mbya representam hoje a maioria da
população Guarani do litoral do país e é o único grupo que vem dando
continuidade ao processo de migração na costa atlântica. Sob o estigma de
“índios aculturados”, em virtude do uso de roupas e outros bens e alimentos
industrializados, os Guarani são considerados índios errantes ou nômades. No
livro, Maria Inês dissipa essas visões estereotipadas e apresenta as razões da
dinâmica social do grupo. Centraliza a questão na importância para os Mbya do
território situado à beira do oceano. Convivendo com aldeias de diversas
regiões, a autora registrou narrativas míticas que pautam os movimentos
migratórios dessa comunidade indígena em direção ao litoral.
Para o
jesuíta e antropólogo espanhol Bartolomeu Melià, os Guarani continuam nos
ensinando a viver. “Quando, com ridícula e torpe manifestação de orgulho e
prepotência, tomamos a devastação e a destruição de nossos recursos materiais e
culturais como índice de modernidade e desenvolvimento, é bom descobrir que
ainda existem aqueles que sabem manter padrões de vida moderados, evitando a
depredação e desperdício, apesar das contínuas e indecentes insinuações que caem
sobre eles”, afirma no prefácio do livro.
Os livros da
Fundação Editora da Unesp podem ser adquiridos pelo site:
www.editoraunesp.com.br
ou telefone (11) 3242-7171.