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O legado da escravidão na História do Brasil
May 13, 2009
A Lei Áurea é o momento histórico que marca a libertação de escravos no Brasil, último país ocidental a acabar com essa mácula. Mas obras como A Abolição (144 páginas, R$ 27, Editora Unesp), de Emília Viotti da Costa, questionam o entendimento que temos sobre a escravidão e apontam para a necessidade de entendermos seu o legado, já que “trezentos anos de opressão não se eliminam com uma penada”. Deste modo, se a história a ser contada é a da emancipação do povo brasileiro, deve-se entender o 13 maio de 1888 apenas como o primeiro passo.
Se o processo abolicionista libertou prioritariamente os brancos do fardo da escravidão, já que os negros foram deixados à sua própria sorte, mesmo os ícones do abolicionismo devem ser revistos. Abolicionistas brasileiros e ingleses: a coligação entre Joaquim Nabuco e a British and Foreing Anti-Slavery Society (1880-1902) (448 páginas, R$ 65, Editora Unesp), de Antonio Penalves Rocha, mostra que a imagem mais difundida de Joaquim Nabuco não corresponde à realidade. Diferente do que costuma ser dito, não estava nos seus planos a condenação da opressão a que o escravo estava submetido. Suas ideias sobre abolição ficavam apenas no princípio de que o alicerce da nação deveria ser refeito com a substituição da escravidão pela liberdade individual, de modo que, assim, o Império fosse preservado e prosperasse.
E, às vezes, mais do que reelaborar o significado de personagens históricos, é preciso descobri-los. Como a figura da monarca que marcou com sua assinatura a abolição e que nos ajuda a pensar a também a relação entre gênero (a existência como mulher) e poder (o exercício da função de agente) em uma sociedade onde os homens eram a norma e a feminilidade algo incompatível com o exercício do poder. Com enfoque, o historiador inglês Roderick J. Barman descortina novas maneiras de abordar o passado imperial brasileiro em Princesa Isabel do Brasil – Gênero e poder no século XIX (352 páginas, R$ 39, Editora Unesp).
Já Andanças pelo Brasil colonial: catálogo comentado (1503-1808) (216 páginas, R$ 39, Editora Unesp), de Jean Marcel Carvalho França e Ronald Raminelli, resgata alguns mitos fundadores da identidade brasileira por meio do olhar estrangeiro. Entre os relatos de combates e animais exóticos, descortina-se a rica complexidade do país e suas relações sociais. E em História de São Paulo colonial (346 páginas, R$ 48, Editora Unesp), livro organizado por Maria Beatriz Nizza da Silva, analisa-se mais especificamente questões como a posse da terra e de escravos na capitania, sua demografia, o casamento entre brancos e negros, além de refletir sobre a participação da província e a cultura política presente no processo de independência do Brasil.
Conheça essas e outras obras que abordam a questão da escravidão no Brasil em www.editoraunesp.com.br.
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