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Livro discute a resistência camponesa e sua participação na política nacional entre 1930-1960
Oct 13, 2009
Em um país como o Brasil, que ostenta uma das maiores concentrações fundiárias do mundo, há grande carência de debates sobre o direito à terra e de concepções de justiça que questionem a ótica sedimentada pela historiografia tradicional, onde os camponeses são mais conhecidos pelas grandes rebeliões do que por sua formação cultural, política, econômica e social. Para atender a este desafio, a Coleção História Social do Campesinato no Brasil abre uma nova perspectiva para pensar a questão agrária no território nacional, mergulhando na multiplicidade das muitas realidades que se espalham pelo espaço brasileiro.
No volume agora lançado pela Editora Unesp e Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (NEAD), Concepções de justiça e resistência nas repúblicas do passado (1930-1960), a era Vargas é vista por novos ângulos, reavaliando-se a visão que considera inoperante a atuação dos camponeses no período. São relatados casos de resistência e articulação ocorridos entre 1945 e 1964 (após a era Vargas) em diferentes regiões do Brasil, como Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Pernambuco.
Os trabalhos organizados por Márcia Motta e Paulo Zarth mostram como a participação do campesinato na política nacional teve início muito antes do que se pensava e discutem a centralidade do mundo do trabalho urbano nas políticas sociais do Estado Novo. Outros artigos se voltam para o período subsequente, destacando a forma como posseiros se organizam diante da ameaça de expulsão da terra por grileiros e a constituição de várias e complexas arenas de lutas.
Em sua totalidade, os trabalhos dos pesquisadores aqui reunidos ressaltam momentos da história nacional em que a capacidade de articulação do campesinato surge como resposta à amnésia social que consagra a noção de passividade do povo brasileiro.
Sobre os organizadores - Márcia Motta é professora doutora do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense, pesquisadora da Companhia das índias (Núcleo de História Ibérica e Colonial na Época Moderna da UFF) e coordenadora do Núcleo de Referência Agrária. Paulo Zarth é doutor em História pela Universidade Federal Fluminense e professor de História na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí).
Título: Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de conflitos ao longo da história – vol. II - Concepções de justiça e resistência nas repúblicas do passado (1930-1960)
Coleção: História Social do Campesinato no Brasil
Autor: Márcia Motta e Paulo Zarth (Orgs.)
Número de páginas: 262
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 37
ISBN: 978-85-7139-943-3
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