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Pesquisador norte-americano disseca a Tropicália e a internacionalização da cultura brasileira
Jan 27, 2010
O movimento tropicalista encantou e impactou todo o Brasil na década de 60, mas uma expressão que tenta romper barreiras não pode se limitar a fronteiras geográficas. Christopher Dunn, pesquisador norte-americano, busca entender as especificidades da cultura brasileira em Brutalidade jardim: a Tropicália e o surgimento da contracultura brasileira, que a Editora Unesp lança agora em português. Trata-se de uma análise diferenciada, não só das obras produzidas pelos tropicalistas, mas do momento histórico em que o movimento tomou corpo.
Foi em 1985, cerca de quinze anos após o encerramento formal do movimento tropicalista, que Dunn escutou pela primeira vez os sons e ambiguidades do disco “Tropicália”. Foi o suficiente para despertar seu fascínio pela diversidade dessa nova cultura, reconhecendo sua importância por ampliar as possibilidades de expressão artística, numa mistura de releitura da tradição e de experimentação de vanguarda ou, como o autor classifica o movimento, um caso exemplar de hibridismo cultural.
Dunn faz questão de trazer, quase didaticamente, uma abordagem completa da Tropicália, buscando já nas expressões artísticas modernistas de 1920 traços que o movimento retomaria quase 40 anos depois, passando pelo nacionalismo da Era Vargas com a bossa-nova até, finalmente, os conturbados anos da ditadura militar, quando o movimento se inicia. Ao focar nos artistas e suas obras, analisa trechos de músicas como a própria Tropicália, de Caetano Veloso, e Geléia Geral, de Gilberto Gil, da qual empresta um trecho para dar título ao livro. O autor estende sua análise até a anistia concedida aos tropicalistas em 1979.
A obra é um forte exemplo da força da Tropicália dentro e fora do Brasil, força que buscava quebrar paradigmas e dualidades da cultura brasileira, mesclando elite e povo, tradição e modernidade, nacional e internacional. Força suficiente para atrair a atenção de pesquisadores estrangeiros para a diversidade de tipos, sons, cores e possibilidades que só o Brasil consegue reunir.
Sobre o autor – Christopher Dunn atua no Departamento de Espanhol e Português e no Programa de Estudos da África e Diáspora Africana da Tulane University. Pesquisador do Roger Thayer Stone Center for Latin America American Studies e co-diretor do Brazilian Studies Council da Tulane University, ele também co-edita a Brazilian Popular Music and Globalization. Atualmente está organizando uma coletânia de ensaios com Idelber Avelar, Brazilian Popular Music and Citizenship.
Título: Brutalidade jardim: a Tropicália e o surgimento da contracultura brasileira
Autor: Christopher Dunn
Número de páginas: 276
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 37
ISBN: 978-85-7139-934-1
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