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Pesquisador parte da sociabilidade para entender o fenômeno da pobreza nas metrópoles brasileiras
Sep 08, 2010
Nos últimos 40 anos, pesquisas sociológicas apontaram três fatores como principais causadores da pobreza urbana internacionalmente: políticas e ações do Estado, dinâmicas dos mercados de trabalho e comportamentos individuais. Em Redes sociais, segregação e pobreza, Eduardo Marques não nega a importância de tais dimensões, mas investiga as causas da perpetuação da pobreza a partir das redes sociais – conceito que, segundo o cientista social, representa o conjunto mutável de relações de diferentes tipos acumuladas ao longo da vida dos indivíduos.
Versão ampliada da tese de livre-docência do autor, este lançamento – primeira obra de uma parceria firmada entre a Editora Unesp e o Centro de Estudos da Metrópole (CEM) – busca entender, sobretudo, o funcionamento das redes de contatos dos mais pobres, que vivem em diferentes condições habitacionais e de segregação em centros urbanos, a relação destas com o acesso a bens e serviços que podem atenuar ou reforçar a pobreza e “os mecanismos pelos quais elas influenciam as condições de vida, a pobreza e as desigualdades sociais no cotidiano dos indivíduos”.
Além de ser fundamentada em densa pesquisa bibliográfica, a obra baseia-se nos resultados de um estudo de caso realizado em favelas, cortiços e regiões periféricas da Grande São Paulo. Com o intuito de cobrir diferentes situações urbanas de pobreza, Eduardo Marques colheu, por meio de entrevistas, cerca de 209 redes pessoais de indivíduos em situação de pobreza (cada uma formada por contatos familiares, profissionais, de vizinhança, amizade, entre outros) para análise. A título de comparação, foram reconstituídas também 30 redes de indivíduos de classe média e média-alta. Tudo para oferecer ao leitor uma análise detalhada sobre o papel das redes sociais da reprodução da pobreza – tema ora menosprezado nos debates sobre as mazelas das grandes metrópoles, ora citado sem o embasamento adequado.
Redes sociais, segregação e pobreza é indicado não apenas aos estudiosos da disparidade social, mas também aos responsáveis pela elaboração de políticas públicas, uma vez que estas interferem diretamente nos processos de isolamento que separam os pobres das oportunidades. Mais do que isso, a obra permite compreender de forma mais precisa os processos que contribuem para a reprodução da pobreza no cotidiano dos indivíduos e que explicam uma parte importante da resiliência do fenômeno.
Sobre o autor – Eduardo Marques é mestre em Planejamento Urbano (IPPUR/UFRJ), doutor em Ciências Sociais (IFCH/Unicamp), professor livre-docente do Departamento de Ciência Política da USP e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM/Cebrap). É autor de artigos e livros sobre políticas públicas, desigualdades, segregação e pobreza urbana.
Título: Redes sociais, segregação e pobreza
Autor: Eduardo Marques
Número de páginas: 216
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 40
ISBN: 978-85-393-0012-9
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