Marcos Alan Ferreira
Doutor em Ciência Política pela Unicamp (2010) e mestre em Relações Internacionais pelo Programa Santiago Dantas - Unesp/Unicamp/PUC-SP (2006). Na National Defense University (EUA), foi Research Fellow e tem dois cursos de aperfeiçoamento na área de segurança e defesa: "Interagency Coordination and Counterterrorism" e "Strategy and Defense Policy". Atualmente é professor em Relações Internacionais na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Sua palestra baseia-se e atualiza o conteúdo dos estudos que desenvolveu na tese “A Política de Segurança dos Estados Unidos e a Tríplice Fronteira no Pós 11 de setembro: uma análise dos interesses norte-americanos e o posicionamento brasileiro”, cujo resumo é reproduzido a seguir:
Após os atentados de 11 de setembro de 2001 ocorridos em território norte-americano, diversas ações foram tomadas por parte do governo dos EUA para contenção do terrorismo internacional. Embora seja uma região que não tenha sofrido incursões bélicas ancoradas no argumento de combate ao terror, no caso da América Latina uma área em especial tem sido destacada nos relatórios governamentais e estudos de analistas internacionais: a Tríplice Fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai (TF). Tal região tem sido considerada um "safe haven", ou seja, uma área propensa a ser utilizada como base de apoio ao terrorismo internacional, especialmente para financiamento de grupos islâmicos radicais. Visando uma melhor compreensão do destaque dado à região, esta pesquisa objetiva analisar a política externa dos EUA para a região, assim como as ações e as percepções do mesmo, em comparação às visões proporcionadas por analistas internacionais. Ainda, pretende-se mostrar o posicionamento do governo brasileiro diante desta postura de Washington. Considerando que tal tema tem sido pouco estudado na área de Relações Internacionais, esta pesquisa busca preencher uma lacuna importante nos estudos relacionados à segurança internacional dentro do Cone Sul, auxiliando na compreensão de como atuam os diferentes órgãos da arquitetura política norte-americana e a resposta do Brasil em um dos poucos aspectos no qual a América do Sul é lembrada na chamada “Guerra ao Terrorismo” iniciada pelo governo George W. Bush com sua incursão no Afeganistão em 2001.