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Homenagem a Wangari Maathai (1940-2011)
Sep 26, 2011
A primeira mulher africana a receber o Prêmio Nobel da Paz, em 2004, a queniana Wangari Maathai morreu neste domingo, aos 71 anos. Em sua homenagem, a Editora Gutenberg reproduz abaixo trechos de seu discurso proferido em Oslo (Noruega) e que integram o livro 'Heróis da Paz – O que os ganhadores do Prêmio Nobel da Paz têm a nos dizer', com textos selecionados de Irwin Abrams. Uma forma de partilhar o que pensava esta importante ambientalista e ativista em defesa do desenvolvimento sustentável, da democracia e da paz.
Os elos da humanidade
“No front do meio ambiente, as pessoas estão expostas a várias atividades humanas que provocam efeitos devastadores no meio ambiente e na sociedade. Estas incluem a destruição em grande escala dos ecossistemas, especialmente por meio do desflorestamento, da instabilidade climática e da contaminação dos solos e das águas que, juntos, contribuem para o agravamento da pobreza.
Nesse processo, os participantes descobrem que eles devem ser parte das soluções. Eles se dão conta de seu potencial oculto e se capacitam a superar a inércia e a agir. Eles reconhecem que são os principais guardiões e beneficiários do meio ambiente que lhes dá sustento.
Comunidades inteiras também alcançam a compreensão de que, enquanto é necessário obrigar seus governos a prestar contas, é igualmente importante que em seu relacionamento um com o outro eles exemplifiquem os valores de liderança que gostariam de ver em seus próprios líderes, a saber, a justiça, a integridade e a confiança.” (pág. 45)
Fé e esperança
“A indústria e as instituições globais precisam se dar conta de que assegurar a justiça econômica, a igualdade e a integridade ecológica é de maior valia que o lucro a qualquer custo.
As extremas desigualdades globais e os padrões de consumo predominantes continuam em vigor à custa do meio ambiente e da coexistência pacífica. A escolha é nossa.
Eu gostaria de convocar os jovens a firmar um compromisso com atividades que contribuem para alcançar sonhos de longo prazo. Eles possuem a energia e a criatividade para moldar um futuro sustentável. Digo para os jovens que vocês são um presente para suas comunidades e certamente para o mundo. Vocês são nossa esperança e nosso futuro.” (pag. 65)
Direitos humanos
“As mulheres não se dão conta de que o suprimento de suas necessidades depende da manutenção da saúde e da boa administração do meio ambiente. Elas também não estavam cientes de que um meio ambiente degradado leva a uma corrida por recursos escassos e que pode culminar na pobreza e até mesmo no conflito. Elas também não estavam cientes das injustiças dos arranjos econômicos internacionais.” (pág. 102)
Política e liderança
“Há também a necessidade de mobilizar a sociedade civil e os movimentos de base para catalisar a mudança. Convoco os governos a reconhecerem o papel desses movimentos sociais na construção de uma massa crítica de cidadãos responsáveis, capazes de manter em funcionamento o sistema de freios e contrapesos na sociedade. Por sua vez, a sociedade civil deve abraçar não apenas seus direitos, mas também suas responsabilidades.” (pág. 113)
Wangari Maathai (1940-2011) foi eleita para o Parlamento do Quênia em 2002 e serviu como ministra assessora de Recursos Naturais e meio Ambiente (2003-2005). Por meio do Movimento Cinturão Verde (Green Belt Movement), uma organização de base não governamental e ambiental que reúne vários grupos femininos, fundada em 1977, Maathai foi peça instrumental no plantio de mais de 30 milhões árvores em todo o Quênia com o objetivo de prevenir a erosão do solo.
Clique aqui para mais informações sobre o livro Herois da Paz – O que os ganhadores do Prêmio Nobel da Paz têm a nos dizer.
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O Grupo Editorial Autêntica tem sua origem com a fundação, em 1997, da Autêntica Editora, que hoje conta com mais de 500 livros nas áreas de Ciências Humanas e de literatura infantil e juvenil, já tendo conquistado os mais importantes prêmios nacionais, como o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, e o Cecília Meireles, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Comprometida com a educação em valores, a editora possui várias coleções dirigidas a educadores e pesquisadores, bem como disponibiliza gratuitamente em seu site a revista eletrônica Formação Docente, editada em parceria com o Grupo de Trabalho Formação de Professores, da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), além de apoiar inúmeras iniciativas públicas e privadas focadas na valorização da educação e da cultura nacionais. A partir de 2003, a Autêntica ampliou sua atuação, com o lançamento do selo Gutenberg, publicando títulos diversificados e plurais, investindo na estreia de autores brasileiros e em temas de interesse a públicos específicos. Nessa mesma linha, lançou em 2011 mais uma editora, a Nemo, especializada em história em quadrinhos, resgatando tanto os clássicos do gênero, como autores nacionais. A partir deste ano, as três linhas editoriais ganham autonomia e se transformam em editoras independentes, com a criação do Grupo Editorial Autêntica. Em comum, mantêm o compromisso com a qualidade de suas publicações e ações, baseadas em valores éticos e estéticos, na inovação permanente, e na crença no livro e na leitura como instrumentos para emancipação humana.
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