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Autêntica lança 'A teoria dos incorporais no estoicismo antigo', de Émile Bréhier, no Rio de Janeiro
Dec 03, 2012
Evento, que contará com a presença dos tradutores José Eduardo Pimentel Filho e Fernando Padrão de Figueiredo, acontece na próxima sexta-feira, 7 de dezembro, às 18h, na Livraria da Travessa - 07 de Setembro
Publicado originalmente em 1908 como tese de doutorado, A teoria dos incorporais no estoicismo antigo, do filósofo francês Émile Bréhier, especialista na Antiguidade e no estoicismo, é pela primeira vez traduzido em língua estrangeira, pela Autêntica Editora. Obra de referência para compreensão do estoicismo antigo, este livro revela toda uma linhagem de pensamento esquiva à metafísica, na Grécia e em Roma. Esse modo de fazer filosofia, por sua vez, voltou a frutificar na modernidade, tendo fornecido as bases do conceito de acontecimento, indispensável para a leitura de grandes mestres da filosofia contemporânea como Deleuze, Foucault, Derrida e Lyotard, entre outros.
Os primeiros estoicos são os personagens filosóficos que, pela primeira vez na história da filosofia, encenam a noção de incorporal ou acontecimento, se contrapondo ao platonismo e à filosofia peripatética. Platão e Aristóteles buscam o princípio das coisas nos seres intelectuais, ou seja, nos elementos penetráveis ao pensamento. Os estoicos e epicuristas, entretanto, veem a realidade, a que age e a que padece. Surge daí a noção de incorporal e a ideia de causalidade a ela subjacente. Para os estoicos, “tudo é corpo, até mesmo as virtudes, a razão e a filosofia”, explicam os filósofos Fernando Padrão de Figueiredo e José Eduardo Pimental, que assinam a tradução e a apresentação da obra. “A filosofia, por exemplo, era considerada um organismo, um sistema, constituída pela lógica, pela física, pela ética, na qual cada parte está interligada e dependente da outra”, completam.
A obra de Bréhier divide-se em quatro partes, que abrangem a noção de incorporal e de fato, o incorporal na lógica e na teoria dos “expremíveis”, a teoria do lugar e do vazio, e a teoria do tempo. A tradução ficou a cargo dos pesquisadores do Laboratório de Filosofia Contemporânea da UFRJ, com o propósito de contribuir no esclarecimento dos grandes temas pontuados pela filosofia nas últimas décadas. O livro integra a coleção Filô, que publica tanto textos clássicos da filosofia antiga, moderna e contemporânea, como também de sua marginália.
Confira aqui capítulo inicial de A teoria dos incorporais no estoicismo antigo.
Sobre o autor – Émile Bréhier (1876-1952) foi um filósofo francês e historiador da filosofia. Seus estudos mais importantes versam principalmente sobre a Antiguidade Clássica, os antigos estoicos, Crisipo, a filosofia de Plotino, de Filón de Alexandria, entre outros, como Schelling e a filosofia alemã. Foi aluno de Henri Bergson e professor de Victor Goldschmidt, autor das obras A religião de Platão e Le système stoicien et l’idée de temps (O sistema estoico e a ideia de tempo). Suas obras mais importantes são a monumental História da filosofia (em sete volumes na edição brasileira), La philosophie de Plotin (A filosofia de Plotino) e A teoria dos incorporais no estoicismo antigo, pela primeira vez traduzida para outra língua. Além destas, organizou e traduziu diversas obras de referência da Antiguidade greco-romana para o francês, como as Enéadas de Plotino, o poema de Cleantes e diversas obras de Cícero.
Título: A teoria dos incorporais no estoicismo antigo
Autor: Émile Bréhier
Tradução: Fernando Padrão de Figueiredo e José Eduardo Pimentel Filho
Número de páginas: 112
Formato: 14 x 21 cm
Preço: R$ 35,00
ISBN: 978-85-8217-076-2
Coleção: Filô
Lançamento do livro A teoria dos incorporais no estoicismo antigo no RJ
Data: sexta-feira, 7 de dezembro, às 18h
Local: Livraria da Travessa - 07 de Setembro
Rua Sete de Setembro, 54 - Rio de Janeiro (RJ)
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