Novos títulos infantis provocam e estimulam os pequenos leitores

A Autêntica Editora investe fortemente na publicação de livros infantis e juvenis de qualidade. Para esta Bienal do Livro do Rio de Janeiro, a editora mineira reserva várias novidades estimulantes e provocativas para os pequenos e jovens leitores.

Para começar, lança a nova coleção Lá do Beco, uma série de histórias infantis escritas por Otávio Júnior, livreiro do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro. Como relata Rogério Andrade Barbosa, na apresentação da obra, “o jovem negro criado numa das comunidades mais violentas e pobres do Rio de Janeiro, dominada por traficantes, poderia ter seguido o caminho de tantos colegas de sua geração que se envolveram com drogas. Mas, não! Livros, encontrados no meio do lixo, mudaram seu destino e lhe deram a régua e o compasso para seguir novas trilhas.” Otávio Júnior estreia como escritor de livros infantis com O garoto da camisa vermelha, a história de um menino que soltava pipas, jogava bola de gude e corria nos campinhos esburacados de futebol – alguém muito parecido com o próprio autor. 

Otávio Júnior autografa na Bienal do Livro do Rio de Janeiro no dia 5 de setembro, quinta-feira, às 18h, no Estande do Grupo Autêntica (Q08, Pavilhão Verde).

Já Carta de um menino para a pior avó do mundo, de Neusa Sorrenti e ilustrações de Aline Abreu, começa de uma maneira bem inusitada: “Vovó (assim mesmo, sem ‘querida’). Esta carta que eu estou ditando pro vovô porque estou com pressa, e ele escreve bem rápido, e você leva dois dias pra abrir os e-mails, é pra dizer que você é a pior avó deste mundo.” O que será que leva um menino a escrever uma carta assim para a avó? Será que ele está desesperado? Será que essa avó fez alguma coisa de que ele não gostou? As respostas estão todas neste livro, que com certeza vai fazer você rir e pensar e se emocionar bastante…

Em As mil e uma histórias de Manuela, de Marcelo Maluf e ilustrações de Weberson Santiago, as crianças vão conhecer a menina Manuela, que comia livros. Devorava principalmente os de fantasia e suspense. Gostava dos mais azedos, com sabor de torta de limão. Das histórias mais românticas ela não gostava muito, tinham gosto de doce de batata doce, dizia. E foi por causa dessa mania de comer livros que Manuela viveu uma aventura incrível e muito, muito diferente… Cheia de susto e suspense, mas também com muita alegria.

A história de A rua da bananeira, de Adriano Messias, com ilustração de Flávio Fargas, é construída a partir das memórias do narrador, que vai se lembrando de fatos e acontecimentos da Rua da Bananeira e incorporando elementos da cultura popular brasileira: quadrinhas, simpatias, benzeções, chás e plantas medicinais, brincadeiras, cantigas, ditos populares… Divertida e cheia de mistério, a história, narrada em linguagem coloquial, é uma amostra – também na ilustração – de um universo quase desaparecido, ou submerso no processo de urbanização no Brasil.

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