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Marilena Chaui lança dois títulos em Belo Horizonte
Oct 09, 2014
Filósofa autografa na próxima segunda-feira, na Livraria Quixote da UFMG, dois novos títulos integrantes da Coleção Escritos de Marilena Chaui: "A ideologia da competência" e "Conformismo e resistência", lançados pela Autêntica Editora em coedição com a Editora Fundação Perseu Abramo. Evento acontece durante a Semana do Conhecimento, da qual ela faz a conferência de abertura.
A Coleção Escritos de Marilena Chaui ganha seu terceiro volume com a publicação de A ideologia da competência, organizado por André Menezes Rocha, e que reúne textos em que a filósofa constrói a crítica da ideologia da competência, interrogando sua gênese e seu sentido desde o momento da regulação fordista ao momento neoliberal, concentrando-se na análise de duas instituições: a universidade e a indústria cultural.
O livro abre com a entrevista “bombástica” concedida à revista Caros Amigos, em 1999, em que Marilena conta sua trajetória de vida e política, além de expor as razões de sua crítica à orientação neoliberal do governo de FHC. No ensaio “A ideologia da competência”, publicado originalmente no antológico livro de 1981 O que é ideologia, a autora investiga a história da ideologia burguesa e interroga sobre as peculiaridades de seu funcionamento. Em “Ventos do progresso: a universidade administrada”, Chaui analisa o sentido da reforma universitária feita à sombra do AI-5. A reflexão sobre a infiltração da ideologia da competência na organização das escolas e universidades encontra-se também no ensaio “Ideologia neoliberal e universidade”. Já em “Contra o discurso competente”, a filósofa analisa a cobertura midiática da morte de Elis Regina e, e em “O pacote competente” o foco é o discurso economicista dos “políticos” e administradores competentes que passaram o pacote econômico em junho de 1983 sob pressão cerrada do FMI.
O ensaio “Simulacro e poder: uma análise da mídia” consiste numa análise minuciosa dos processos pelos quais o neoliberalismo, nas últimas décadas, logrou colonizar os desejos e a subjetividade de telespectadores e internautas para estabelecer sua hegemonia em âmbito internacional. Nesta versão, revista e ampliada, foram incluídas análises mais detalhadas sobre os aparelhos digitais, a cultura cibernética e os processos sociais que resultaram da destruição sistemática da esfera pública e da transformação dos sujeitos sociais e políticos em consumidores de cultura cibernética, assuntos aprofundados no ensaio “Cibercultura e o mundo virtual”. Entre as novas reflexões, há considerações sobre a chamada “Primavera Árabe” e sobre as manifestações de junho de 2013 no Brasil. Na “Carta aos estudantes”, de 2005, ela denuncia que a grande mídia brasileira, naquele momento, orquestrava o “golpe branco” contra o governo Lula.
O quarto volume da coleção, Conformismo e resistência, cuja organização ficou a cargo de Homero Santiago, é dividido em quatro partes e apresenta um caso paradigmático do rico diálogo travado pela obra da filósofa com as ciências sociais brasileiras a partir de uma questão fundamental: o que é a cultura popular e qual forma específica ela assume em nosso país?
O ponto mais alto dessa incursão é o texto “Conformismo e resistência: aspectos da cultura popular” no Brasil, aqui republicado junto a diversos ensaios, depoimentos, conferências e artigos de jornal produzidos nas décadas de 1970 e 1980. No conjunto, o material, especialmente revisto para esta edição, reconstitui uma investigação aprofundada em que Chaui se esforça em apreender a originalidade da cultura popular como uma lógica ou um saber particulares, que, ao mesmo tempo em que adere ao estado atual e reproduz o autoritarismo das elites, também é capaz de opor-se ao sistema e expressa o desejo de liberdade próprio das classes populares.
Pela primeira vez, esses textos aparecem reunidos num único volume, o que permite aos leitores descobrir (ou redescobrir em toda a sua envergadura) o quanto o trabalho da filósofa pôde propor uma interpretação original de um dos aspectos mais importantes da sociedade brasileira: a sua cultura popular, tal como se apresenta com suas peculiaridades. “A ambiguidade da cultura popular e a dimensão trágica da consciência que nela se exprime poderiam sugerir uma outra lógica, uma racionalidade que navega contra a corrente, cria seu curso, diz não e recusa que a única história possível seja aquela concebida pelos dominantes, românticos ou ilustrados”, analisa Chaui.
Pela Coleção Escritos de Marilena Chaui, já foram publicados os livros Contra a servidão voluntária (v. 1, organizado por Homero Santiago) e Manifestações ideológicas do autoritarismo brasileiro (v. 2, organizado por André Rocha).
Sobre a autora - Uma das grandes pensadoras do Brasil, Marilena Chaui é professora de história da filosofia e de filosofia política na Universidade de São Paulo. Mestre, doutora e livre docente em Filosofia pela USP, também foi secretária da cultura do município de São Paulo entre 1989 e 1992, na gestão da prefeita Luiza Erundina de Sousa. Marilena publicou diversos livros, com destaque para O que é ideologia (Editora Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 1980), que ultrapassou a marca de 100 mil exemplares vendidos, e A Nervura do Real (Companhia das Letras, 1999), que lhe rendeu os prêmios Sergio Buarque de Holanda em 2000, como melhor livro brasileiro de ensaios, o Jabuti do mesmo ano como melhor livro brasileiro de Ciências Humanas e Educação, entre outros.
Título: A ideologia da competência
Autora: Marilena Chaui
Organizador: André Menezes Rocha
Coleção: Escritos de Marilena Chaui
Editoras: Autêntica e Fundação Perseu Abramo
Número de páginas: 296
Formato: 15,5 x 22,5 cm
Preço: R$ 41,00
ISBN: Autêntica: 978-85-8217-131-8 | Fundação Perseu Abramo: 978-85-7643-157-2
Título: Conformismo e resistência
Autora: Marilena Chaui
Organizador: Homero Santiago
Coleção: Escritos de Marilena Chaui
Editoras: Autêntica e Fundação Perseu Abramo
Número de páginas: 336
Formato: 15,5 x 22,5 cm
Preço: R$ 47,00
ISBN: 978-85-8217-459-3 (Autêntica) e 978-85-7643-244-9 (Fundação Perseu Abramo)
Lançamento e sessão de autógrafos em Belo Horizonte
Data: Segunda-feira, 13 de outubro, às 14h
Local: Livraria Quixote no prédio da FAFICH da UFMG (Sala 1032)
Mais informações sobre os livros da Autêntica Editora estão disponíveis em
www.grupoautentica.com.br ou pelo telefone 0800 28 31 322
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