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A violência contra as crianças sob o prisma da literatura
May 25, 2009
Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão é momento de reflexão sobre o assunto
Todos os dias, pessoas do mundo inteiro são vítimas de violência. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, ela é a segunda principal causa de mortalidade. As crianças estão entre os mais afetados por agressões físicas e psicológicas, o que fez o dia 4 de junho ser escolhido como Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão. Crianças e jovens brasileiros podem conhecer e refletir sobre essa realidade por meio de vários títulos publicados por Edições SM.
Em Diferentes somos todos, a brasileira Alina Perlman retrata a exclusão social, a qual também pode ser considerada uma forma de violência. Carminha ganha uma bolsa de estudos para frequentar uma escola de pessoas mais ricas. Mas se sente excluída, pois mora na periferia. Esse sentimento irá mudar quando encontra Laura e descobre que tem algo em comum com a amiga: ambas têm irmãos com Síndrome de Down. Juntas, elas resolvem batalhar pela inclusão das crianças e resgatam valores importantes como companheirismo e respeito pelos outros. O livro é indicado a leitores em processo (a partir de 8 anos).
Com linguagem poética e ilustrações delicadas que revelam o abismo entre os sonhos da infância e a violência das guerras, Nenhum peixe aonde ir, da canadense Marie-Francine Hébert, conta a história de uma menina e de sua família, que são obrigados a fugir de casa num dia ensolarado. Pode o inimigo ser alguém de quem gostamos? O que levar quando é preciso fugir? Deixar para trás o peixe a quem se prometeu o mais belo universo? A obra é voltada tanto para leitores fluentes (a partir de 10 anos), quanto para leitores críticos (a partir de 12 anos).
Nakusha, a indesejável: mulheres oprimidas na Ásia, da francesa Laurence Binet, é outra indicação para leitores dessa faixa etária. O livro traz dois depoimentos ficcionais sobre meninas que são perseguidas simplesmente por terem nascido mulheres. No primeiro, Nakusha vive na Índia como uma verdadeira escrava, submetida às vontades do pai. No segundo, Latifa, que vive no Afeganistão, vê sua liberdade roubada pela guerra civil e pelo fanatismo religioso.
Ainda para leitores fluentes e críticos, Edições SM apresenta Crianças feridas: uma mina, uma vida amputada, da francesa Reine-Marguerite Bayle. A obra traz dois relatos ficcionais sobre crianças que sofreram mutilações decorrentes de minas explosivas enterradas durante períodos de conflito armado. A primeira narrativa se passa no Camboja, Ásia, e a outra em Moçambique, África. Por meio dos relatos, a autora discute com sutileza um tema forte e atual: como a guerra continua destruindo vidas mesmo depois de encerrada.
Outra indicação para leitores críticos é As duas mães de Mila, da francesa Clara Vidal. O livro é um relato doloroso sobre a violência psicológica a que uma mãe submete a filha. Impotentes, acompanhamos a pequena Mila, dos 9 aos 15 anos, em uma espécie de descida aos infernos: ela adoece em silêncio e desenvolve problemas psíquicos que a prejudicam na escola e acabam por fazer com que a mãe a trate como louca. Quando se sofre de “mal de mãe”, é longo o caminho para a cura.
Para mais informações sobre estes e outros títulos de Edições SM, visite: www.edicoessm.com.br
O Grupo SM é um grupo de Educação de referência na Espanha e na América Latina liderado pela Fundação SM. Responsabilidade social, inovação e proximidade à escola pautam o trabalho da entidade, que tem como objetivo promover o desenvolvimento humano e a transformação social para a construção de uma sociedade mais competente, crítica e justa. No Brasil, onde atua desde 2004, o Grupo SM conta com um catálogo de livros didáticos e de literatura infantil e juvenil amplo e diversificado elaborado por Edições SM, e integrado a um projeto educacional que inclui estímulo à formação continuada de professores, incentivo à reflexão sobre educação, apoio a projetos socioculturais de diversas instituições, e fomento à leitura e à produção literária.
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