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Mineira Mariângela Haddad ganha o 5º Prêmio Barco a Vapor
Sep 04, 2009
A obra O sumiço da pantufa, de Mariângela Haddad, é a vencedora da quinta edição do Prêmio Barco a Vapor 2009, promovido pela Fundação SM. A revelação aconteceu na noite desta quinta-feira (03/09), no Itaú Cultural, em São Paulo, numa cerimônia marcada pelo humor e a imaginação e que teve como mestre de cerimônias o clown Esio Magalhães.
O prêmio, que na Espanha existe desde 1978, chega à quinta edição no Brasil, firmando-se como o maior prêmio brasileiro destinado a originais de literatura infantil e juvenil. Excepcionalmente, o júri, composto por Fabio Weintraub, Luiz Ruffato, Nilma Lacerda, Ruth Rocha e Vilma Áreas, concedeu ainda uma menção honrosa a Suzana Montoro, pelo romance O outro em mim. A cerimônia contou com a presença de Javier Cortés, diretor geral do Grupo SM, e de Tadeu di Pietro, diretor do Centro de Programas Integrados da Funarte, representando o ministro da Cultura Juca Ferreira.
A história narra um caso de mistério contado a partir de diferentes pontos de vista. A cada parágrafo, sempre iniciado pelo bordão “foi assim”, o foco narrativo muda, dando voz a personagens humanos, animais e até elementos inanimados, como sapatos e pantufas. O caso é simples: em apartamento novo para o qual se mudou recentemente uma família (casal com filha única), desaparece a pantufa da mãe. A alternância dos pontos de vista vai esclarecendo o sumiço: pai e mãe foram ao cinema e voltaram tarde da noite. No meio da madrugada, por causa de uma briga de gatos, o pai, bêbado de sono, agarra o primeiro objeto que encontra e o atira pela janela, na direção do barulho. Na manhã seguinte, não se lembra de nada. Dentro da pantufa, aloja-se um filhote de gato. Por fim, a pantufa com o gato, encontrada pelo marido da empregada, retorna a casa (para alegria da filha do casal, que exulta com o novo inquilino).
A história, circular e descontínua, alude a vários aspectos da experiência – que vão desde diferenças sociais até a desestabilização emocional causada pela perda de um objeto (a pantufa) ou de uma mãe (para o gatinho). De maneira inteligente, a trama gira como um brinquedo e vai se armando aos poucos, ao longo da leitura, com o distanciamento imposto pelo “foi assim”. Uma leitura divertida que pode agradar a crianças de várias idades.
Concorrendo com outras 872 obras inéditas destinadas a crianças e jovens, O sumiço da pantufa será o primeiro livro vencedor a ser publicado na série branca da coleção Barco a Vapor (para leitores iniciantes, a partir dos 6 anos).
A ganhadora foi recepcionada no palco com confetes e bolhas de sabão pelos vencedores das edições anteriores do Prêmio Barco a Vapor: Délcio Teobaldo (com Pivetim, em 2008), Flávio Carneiro (com A distância das coisas, em 2007), Gláucia Lewicki (com Era mais uma vez outra vez, 2006), e Caio Riter (com O rapaz que não era de Liverpool , 2005).
A autora de O sumiço da pantufa - a arquiteta, escritora, ilustradora e tradutora mineira, Mariângela Haddad -, recebeu troféu e R$ 30 mil reais a título de adiantamento de direitos autorais. Como a própria se designa, ela é também uma contadora de histórias para crianças. O troféu foi entregue pelo vencedor da edição anterior, o jornalista e músico Délcio Teobaldo que, coincidentemente, nasceu na mesma cidade que ela: Ponte Nova, em Minas Gerais.
O Prêmio Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil se propõe a estimular a produção literária nacional e promover a leitura entre crianças e jovens. É parte do trabalho de SM para a publicação de títulos infanto-juvenis de qualidade literária que resgatem o prazer de ler e explorem a forma como a leitura capacita o ser humano a exercer sua cidadania, compreender o mundo e ser feliz.
Segundo o diretor geral do Grupo SM, Javier Cortés, “o Prêmio Barco a Vapor é a consolidação do projeto cultural e educacional do Grupo SM no Brasil e nos demais países onde a SM atua" (Chile, México, Argentina, Porto Rico, República Dominicana, Colômbia, Peru e Espanha). "Por estimular a formação de leitores, o Prêmio Barco a Vapor se configura como um instrumento de transformação social", afirmou.
O evento marcou também a abertura de inscrições para o 6º Prêmio Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil, cujo regulamento já está disponível na página de Edições SM na internet: www.edicoessm.com.br. As inscrições para o próximo certame vão até 19 de fevereiro de 2010.
Na foto ao lado, os ganhadores do Prêmio Barco a Vapor, com o diretor geral do Grupo SM (da esquerda para a direita): Délcio Teobaldo, Javier Cortés, Mariângela Haddad, Flávio Carneiro, Caio Riter e Glaucia Lewicki.
O Grupo SM é um grupo de Educação de referência na Espanha e na América Latina liderado pela Fundação SM. Responsabilidade social, inovação e proximidade à escola pautam o trabalho da entidade, que tem como objetivo promover o desenvolvimento humano e a transformação social para a construção de uma sociedade mais competente, crítica e justa. No Brasil, onde atua desde 2004, o Grupo SM conta com um catálogo de livros didáticos e de literatura infantil e juvenil amplo e diversificado elaborado por Edições SM, e integrado a um projeto educacional que inclui estímulo à formação continuada de professores, incentivo à reflexão sobre educação, apoio a projetos socioculturais de diversas instituições, e fomento à leitura e à produção literária.
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