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Leituras para todas as idades resgatam a rica cultura dos povos indígenas
Aug 05, 2011
Como forma de reconhecer a importância dos povos indígenas que, durante tantos anos, sofreram com a degradação e a imposição de novas culturas sobre as suas, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 1995, o dia 9 de agosto como o Dia Internacional dos Povos Indígenas. A intenção é preservar essas culturas que integram o patrimônio cultural e histórico da humanidade, com suas inúmeras riquezas e sabedorias milenares. Para favorecer a aproximação de crianças a essas tradições que fazem parte de nossa vida, Edições SM sugere quatro títulos que, de maneira lúdica, resgatam a diversidade da cultura indígena nacional.
A obra Mavutsinim e o Kuarup (48 páginas, R$ 29) de Rosana Rios, com ilustrações de Rubens Matuck, é uma narrativa primordial da nação indígena Kamayurá, do Xingu, que conta como foi criada a humanidade pelo primeiro homem do mundo, Mavutsinim, e como ele instituiu o Kuarup, a festa dos mortos, em que estes poderiam reviver. No entanto, por causa da transgressão de uma ordem de Mavutsinim, o ritual passou a ser apenas uma festa em homenagem aos mortos. O livro é indicado para crianças a partir dos 8 anos.
Também para o leitor em processo, Paiquerê: o paraíso dos Kaingang (48 páginas, R$ 32), escrito por Cléo Busatto e ilustrado por João Caré, reconta as lendas dos Kaingang, povo hoje espalhado por São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que explicam desde a origem da vida até o surgimento do fogo para relembrar o grande dilúvio.
Outro livro indicado para leitores em processo é Cobra-grande: Histórias da Amazônia (64 páginas, R$ 27), de Sean Taylor e com ilustrações de Fernando Vilela. Sean viajou ao longo do rio Amazonas ouvindo histórias de contadores locais e do poeta Thiago Mello e reuniu, nesse livro, uma coletânea delas. Ele reconta cada narrativa de modo saboroso e poético, descrevendo suas impressões, conduzindo o leitor a uma viagem virtual à mitologia amazônica e à paisagem da mais rica floresta do mundo. As ilustrações têm cores fortes e poucos usuais, inspiram-se na estética das gravuras em madeira e na linguagem da arte indígena.
Recomendado para leitores fluentes, a partir dos 10 anos, Uma história guarani (32 páginas, R$ 28), de Alicia Baladan, reconta uma lenda sobre o rito de passagem para a vida adulta, de maneira poética e sensível. Para os Guarani, a aranha é um animal sagrado. Sua teia é usada para envolver os bebês recém-nascidos e para curar feriadas. Conseguir esta teia milagrosa não é fácil. Certo dia, um jovem da aldeia resolve enfrentar os perigos da floresta em busca do precioso fio, para presentear a namorada. Os anciãos o previnem de tudo, mas ele é pego de surpresa pelo urutau, animal desconhecido e feroz.
Mais informações sobre os livros de Edições SM estão disponíveis no site: www.edicoessm.com.br
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