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Foco no desenvolvimento de competências desafia educadores em todo o mundo

Apr 25, 2012

Pesquisador Nilson Machado discute as competências necessárias frente à excessiva fragmentação disciplinar, na série Gestão Escolar, de Edições SM

Foco no desenvolvimento de competências desafia educadores em todo o mundo

Vídeo com Nilson Machado

Muito se fala sobre a educação por competências no ensino básico. O educador Nilson Machado propõe ampliar o debate abrangendo a dimensão dos valores e o enfrentamento da fragmentação excessiva em sala de aula. O tema integra a série Gestor Escolar - Fundamentos, que acaba de ser lançada por Edições SM e disponibilizada gratuitamente em seu site para todos os educadores. O material específico sobre a educação por competências foi desenvolvido por Machado, licenciado em matemática pela Universidade de São Paulo, mestre em Educação pela PUC/SP e doutor em Educação também pela USP, onde é também professor titular.

Nilson Machado explica que, para a compreensão a respeito das competências, é necessário entender a questão da fragmentação disciplinar que hoje impera no meio da educação. Esse fenômeno se refere à quantidade de disciplinas básicas que se expandiram, gerando “disciplinas dentre as disciplinas”. Ele exemplifica com o caso da matemática, atualmente dividida em duas ou três frentes disciplinas diferentes. “Isso causa em uma dispersão do conteúdo, pois a ideia fundamental não é passada com clareza ao aluno”, explica.

Segundo o educador, daí advém a importância do tema das competências, “que hoje está no centro das atenções dos educadores e por isso deve ser bem compreendida”. Machado propõe três elementos a serem considerados: a pessoalidade, o contexto e a mobilização, que em suma se traduzem no fato de que competência ser a capacidade humana de mobilizar o saber, em um âmbito especifico, para se realizar aquilo que se deseja. “As disciplinas são, portanto, o alimento das competências”. É necessário, então, um professor múltiplo, que use a imaginação e que entenda seu papel como mediador entre a escola e o aluno.Gestor Escolar

O tema da educação por competência é um dos cinco abordados pela série Gestor Escolar – Fundamentos, disponível no site de Edições SM (clique aqui). Além de textos explicativos e eslaides, há também um vídeo com o próprio Nilson Machado, com 20 minutos de duração, bem como bibliografia complementar, textos de apoio e ficha de avaliação, para que os gestores escolares possam implantar em suas próprias escolas.

A série Gestor Escolar – Fundamentos é uma iniciativa de Edições SM que visa subsidiar o educador brasileiro com abordagens teórico-metodológicas para a compreensão, reflexão e transformação da prática do cotidiano escolar. Integra o projeto educativo do Grupo SM no Brasil, composto pela união do trabalho social realizado pela Fundação SM e o trabalho editorial das empresas do grupo, que publicam livros didáticos e de literatura infantil.

Para entender as competências - O primeiro elemento constitutivo da ideia de competência é a pessoalidade. Não se diz que um computador ou um livro é competente. Há um reconhecimento tácito de que a competência é uma característica de pessoas. Outro elemento é o contexto. “Não é possível falar de competência sem a referência a um âmbito, um contexto no qual ela se materializa. Não se sustenta uma pretensão de competência para o que der e vier”, explica. O terceiro é a mobilização, pois uma competência está sempre associada a uma mobilização de saberes. “Não é conhecimento acumulado, mas a capacidade de se recorrer ao que se sabe para se realizar o que se deseja, o que se projeta.”

Competências no ensino básico - O Enem foi estruturado no início de 1998, sistematizando cinco competências que os alunos deveriam demonstrar ao final da Educação Básica: expressão em diferentes linguagens (língua materna, matemática, expressão corporal, artes), compreensão dos fenômenos (leitura de um texto, fenômenos físicos, sociais, históricos), enfrentamento de situações-problema em diferentes contextos (contextualização dos conteúdos disciplinares), construção de argumentações consistentes (inferências adequadas, relações necessárias, demonstrações convincentes) e elaboração de intervenção solidária na realidade (extrapolação de diagnósticos, tomada de decisões). A essas cinco, Machado acrescenta uma sexta: a capacidade de imaginação, ou seja, de extrapolação dos contextos.

Ele lembra também que o tema das competências não se restringe aos alunos. “É possível e oportuno refletir com o grupo também sobre as competências do professor nos dias de hoje”, destaca, indicando que há diferentes leituras sobre essas competências. Ele aponta seis competências fundamentais que constituem também três eixos norteadores. Em resumo, um professor competente é como um tecelão, que tece relações entre os temas para construir significados; um cartógrafo, mapeando relevâncias, conforme os projetos de vida de seus alunos; um contador de histórias, despertando o encantamento e alimentando desejos; um mediador de conflitos, especialmente de conflitos de interesse; uma autoridade, assumindo as responsabilidades inerentes ao fato de iniciar algo nos outros; e um semeador de tolerância e de respeito pela diversidade.

Competências do professor - “O professor não pode se conceber como aquele que “dá matéria”, explica. Como um profissional cuja ação está sempre ligada à construção do conhecimento, o professor tece uma rede de significações, ligando temas aparentemente desconectados e conferindo-lhes um sentido. A questão relevante para o docente, dessa perspectiva, é o que fazer para ampliar, refinar, atualizar a rede de significados que os alunos já trazem.

O professor é também um mediador de relações. “Pode-se pensar o termo mediador de diversos conflitos presentes nas instituições de ensino. Mas o principal conflito a ser mediado é o de interesses”, afirma. Existe uma grande lacuna entre os centros de interesse dos alunos e os que são propostos na escola. “É fundamental que o professor negocie com os alunos, convencendo-os da relevância dos temas apresentados”.

Como mapeador de relevâncias, todo professor é um orientador de caminhos, é um construtor de mapas numa rede de relações e valores. Os professores tecem significados, construindo uma rede de conhecimentos. “Mas, nessa imensa rede, praticamente tudo pode se relacionar com tudo. Mas nada é absolutamente relevante ou irrelevante. Tudo depende do projeto que se persegue.”

Outra perspectiva é a do professor como um  construtor de narrativas: “o professor competente é um bom contador de histórias”, explica. Para Machado, as aulas são narrativas que envolvem valores e, portanto, preparar uma aula é construir uma narrativa pertinente.

Em relação ao exercício da autoridade, a dos professores decorre de sua competência em assumir a responsabilidade pelo mundo apresentado aos alunos. “Para o bem ou para o mal, o compromisso ou o desinteresse do professor contagiam os alunos”.

Daí decorre a prática da tolerância, pois apenas uma autoridade pode ser ou não ser tolerante. “Não faz sentido tolerar algo que está fora de nosso âmbito de ação”, comenta Machado, para quem a competência do professor revela-se na medida em que sua autoridade é exercida com consciência da necessidade de respeito pelo outro.

Para concluir, Nilson Machado afirma que não é possível pensar a construção do conhecimento sem tocar nas relações entre o si mesmo e os outros, a realidade concreta e a abstração mediadora, e sem a metodologia da análise e da síntese.

A série completa está disponível no site www.edicoessm.com.br

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No Brasil, onde atua desde 2004, o Grupo SM oferece um amplo catálogo de serviços educacionais e conteúdos didáticos e de literatura infantil e juvenil para a educação básica elaborado por Edições SM, e integrado a um projeto que inclui estímulo à formação continuada e à valorização de professores, incentivo à reflexão sobre educação, apoio a projetos socioculturais de diversas instituições, e fomento à leitura e à produção literária. Em parceria com o Ministério da Educação, a Organização dos Estados Ibero-americanos e outras instituições educacionais, promove iniciativas como o Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos e o Prêmio Professores do Brasil. Destacam-se também o Prêmio Ibero-Americano SM de Literatura Infantil e Juvenil e o Prêmio Barco a Vapor, que se propõem a despertar o prazer pela leitura entre crianças e jovens e estimular a produção literária em espanhol e português.


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