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Banda CEPSAMPA dá nova roupagem a Cole Porter, Gershwin, Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga
Nov 11, 2011
Países com marcante influência negra como os Estados Unidos e o Brasil foram o berço de estilos musicais distintos e imortais. Lá, o jazz; aqui, o samba e o choro.
Nos Estados Unidos, desde o início do século XX, o jazz dissemina-se por todo o país e torna-se um fenômeno de massas, com a produção de discos em grande escala.
Na mesma onda de entusiasmo, cresce também o fervor pela dança e isso vai interferir direta e positivamente na formação dos grupos de jazz que foram gradativamente se ampliando. Surgem então, em diversos lugares, grupos formados pela junção de trombones, trompetes e saxofones criando outro marco da música norte-americana: as Big Bands, tão vigorosas que passam ao largo da depressão vivida pelo país naquele período.
Conhecida principalmente como a era do swing, a música de dança prospera e os seus band leaders, como Louis Armstrong, Tommy Dorse e Glen Miller, atingem um status de celebridades. Passam a ter uma popularidade tão grande só comparada décadas depois a consagradas bandas da era do rock’and roll. Mesmo sem as grandes bandas, o jazz se consolidou e se mantém vivo e renovado até hoje.
No Brasil, a música também foi aos poucos ganhando terreno internacional graças a pioneiros como Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga, que desafiaram preconceitos e incompreensões. Mais e mais compositores surgiram gerando uma riqueza incalculável para o País.
Para um grupo de músicos brasileiros que viveu a riqueza musical de ambos os países, no entanto, havia uma lacuna a ser preenchida. Faltava para eles o prazer, a sonoridade e a beleza das grandes bandas. Foi assim que João Ferreira Cruz e Lucas Leme Joly, juntamente com um grupo formado por outros professores de música e instrumentistas – Marco Prado, Lobato Acarahyba, Eduardo Novais, Tiago Azevedo, Rodrigo Ieno – criaram, em 2003, a banda CEPSAMPA, que resgata o repertório dançante típico das Big Bands, em uma formação pocket, enriquecido com adaptações e composições do repertório brasileiro, além de músicas próprias.
Desta forma, o grupo revive o prazer de ouvir música, dançar, sentir os melhores anos do swing, oferecendo ao público um mergulho no passado, emoldurado pela riqueza musical dos dias de hoje. É isso o que o ouvinte poderá apreciar no CD Meia Noite, que agora é lançado na condição de vencedor do Prêmio Art Supply 2011.
A Banda CEPSAMPA é a vencedora do XII Prêmio Art Supply que, além de destacar no cenário nacional um músico ou um grupo musical de relevância, por meio da gravação e lançamento de seu CD, ainda apoia inúmeros projetos socioculturais, que se valem da música e da arte para promover a inclusão social. Confira aqui algumas dessas iniciativas, como a criação da Orquestra Sons Recicláveis, integrada exclusivamente por artistas oriundos de um abrigo, como a Associação ABCD - Nossa Casa.
O XII Prêmio Art Supply patrocina o lançamento do CD que, em seus 43 minutos de duração, promove o intercâmbio musical entre Brasil e Estados Unidos, levando Chiquinha Gonzaga até Nova York e Ernesto Nazareth para New Orleans, e trazendo Gershwin para São Paulo e James Jonhson para o Nordeste.
Repertório do CD Meia Noite
1. Anything Goes – 1956 (2:09) - clique aqui para download da faixa (wma - 2,01 MB)
Cole Porter / Arranjo: João Cruz
2. Com que Roupa – 1929 (3:45)
Noel Rosa | Arranjo: Lucas Joly
3. Casa Nova – 2010 (3:31)
Guilherme Picolo
4. Charleston – 1923 (3:37)
James P. Johnson | Arranjo: Lucas Joly
5. Festa – 2010 (3:57)
Lobato Acarahyba
6. Metro VS – 2011 (3:42)
João Cruz
7. Ô Abre Alas – 1939 (4:56)
Chiquinha Gonzaga | Arranjo: Lucas Joly
8. Terra Seca – 2011 (5:18)
Lobato Acarahyba
9. Odeon – 1910 (4:42)
Ernesto Nazareth | Arranjo: João Cruz
10. Summertime – 1935 (7:41)
George Gershwin | Arranjo: Lobato Acarahyba
Duração total: 43:27
Tiragem do CD: 10 mil exemplares
Integrantes da Banda
Adelino Rezende Costa: Bateria e Percussão
Rodrigo Ieno: Bateria
Guilherme Picolo: Contra-baixo elétrico
Marco Prado: Guitarras
Lobato Acarahyba: Piano
Lucas Joly: Trompete e Flugelhorn
João Cruz: Sax Tenor e Clarinete
Fábio Marins: Sax Alto, Sax Soprano e Sax Barítono
Tiago Azevedo: Trombone Tenor e Trombone Baixo
Produção Musical: João Cruz e Lucas Joly
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O Instituto Musical Beethoven (IMB) é uma entidade não governamental fundada em 2000 com o objetivo de difundir a arte. Para isso, promove a premiação de talentos musicais e o desenvolvimento de trabalhos com artistas voluntários junto a entidades de atuação social, ambiental e cultural. Graças a essa dedicação, a instituição ganhou o Prêmio Cidadania do Anuário Telecom nas edições de 2005 e 2007, com os projetos Art Supply e Programa de Orientação Ocupacional e Escolar (POOE), respectivamente. Seu compromisso e o de seus colaboradores é promover uma filantropia inovadora, transformando a caridade individualista em empreendedorismo social, de modo a formar uma aliança para a criação de uma filantropia estratégica que apresente resultados mensuráveis, possibilitando uma boa interação entre doadores e receptores.
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