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OPINIÃO | Hepatite C: prevenir e detectar - os melhores remédios
Sep 19, 2006
A candidata do PSDB à Assembléia Legislativa de São Paulo, Wilma Motta, explica neste artigo como o diagnóstico precoce da hepatite C pode significar salvar vidas de milhares de brasileiros. Por isso, seu compromisso - no âmbito legislativo - é para que a rede pública de saúde possa estar preparada para realizar exames e ampliar o número de atendimentos, bem como melhorar o atual sistema.
Por Wilma Motta
A hepatite C é uma doença grave que pode levar a lesões no fígado e ao desenvolvimento de câncer hepático. O número de infectados no mundo supera em cinco vezes os de portadores de HIV; só no Brasil, são quatro milhões de pessoas. Enquanto que a probabilidade de um portador de hepatite B se tornar um paciente crônico é de 15%, este número sobe para 85% no caso do tipo C.
Apesar deste quadro preocupante, não há um debate à altura da dimensão do problema. O que é ainda mais grave quando lembramos que a Hepatite C é uma doença assintomática (não apresenta sintomas) na maioria dos casos. Isso significa que muitas pessoas só descobrem que estão doentes muitos anos após serem infectadas com o vírus da hepatite C, ou seja, com o fígado cirrotizado, diminuindo as chances de um tratamento bem-sucedido, sendo o transplante nesse caso, a única solução.
O primeiro passo para reverter tal situação é iniciarmos uma comunicação mais ampla e eficiente sobre a hepatite C, convidando a população a realizar o teste anti HCV. Que as bem sucedidas campanhas de prevenção à AIDS realizadas no Brasil, que são referências para vários outros países, nos sirvam de inspiração e modelo. E se lembrarmos que a eliminação total do vírus acontece entre 30% a 70% nos casos em que ainda não foi desenvolvida uma cirrose, oferecer a chance de um diagnóstico precoce é possibilitar o salvamento concreto de vidas de milhares de brasileiros.
Evidentemente, a rede pública precisa estar preparada para realizar os testes e para um aumento no atendimento, além de uma melhoria geral do sistema. Mas não podemos continuar a tratar esse mal como um problema menor. Conscientizar a população sobre a hepatite C é um ato de cidadania e um dever das esferas políticas.
A população do Estado de São Paulo e do Brasil precisam ser informadas sobre as principais formas de contágio e como evitá-las. Uma ampla campanha deve ensinar que a hepatite C é transmitida pelo sangue e, mais raramente, por contágio via sexual, dentre outros fatores de risco. Isso deve ser feito combatendo os preconceitos e a falta de afeto aos pacientes que tão mal fizeram quando do surgimento da AIDS, pois não há contaminação por outros fluidos corporais além do sangue, tais como saliva, suor, lágrimas, sêmen ou leite materno. Ou seja, ao mesmo tempo em que alertamos a população, devemos ressaltar que não há contágio por meio de abraços, beijos ou compartilhamento de pratos, copos, talheres ou roupas.
Assim, precisamos reforçar muitos dos procedimentos presentes nas campanhas de esclarecimento sobre a AIDS. Até porque 30% dos portadores soropositivos têm hepatite C. A prevenção da infecção do vírus da hepatite C deve insistir no perigo do compartilhamento seringas e agulhas contaminadas e na recomendação de sempre usar camisinha durante as relações sexuais para evitar futuros contágios. Além disso, os portadores do vírus da hepatite C devem ser orientados a não doar sangue, órgãos ou sêmen e estimulados a realizar o teste de detecção, pois de 10 infectados no Brasil, 5 não sabem possuir a doença. Procedimentos simples, mas que devem ser difundidos o mais rápido possível. O conhecimento é a melhor forma de prevenção.
Wilma Motta foi presidente do Secretariado Estadual e vice-presidente Nacional do PSDB-Mulher. Atualmente, é membro da Executiva Nacional do partido, onde integra a Comissão de Ética, e é vice-presidente do Instituto Sérgio Motta. É candidata a deputada estadual pelo PSDB-SP. Mais informações estão disponíveis no site: www.wilmamotta45455.can.br
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