Clientes
China ultrapassa os Estados Unidos e é hoje o maior comprador do Brasil
Jul 23, 2009
Incremento nas relações econômicas entre os dois países provoca corrida a cursos de mandarim em São Paulo
A China é hoje o maior parceiro comercial do Brasil, superando os Estados Unidos na compra de produtos brasileiros. É o que revelam os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior sobre a balança comercial brasileira, sobre os países que mais importaram do Brasil entre os meses de janeiro e junho de 2009.
Até o final de 2008, os Estados Unidos encabeçavam a lista de compradores, com 27,4 bilhões de dólares, sendo seguido pela Argentina (17,6 bi) e a China (16,4 bi), que já havia superado a Alemanha em 2003. Mas só nos seis primeiros meses deste ano, a China desponta em primeiro lugar, com 10,4 bilhões de dólares, seguida pelos Estados Unidos, com 7,2 bi, a Argentina, com 4,9 bi e a Alemanha, com 2,7 bi. Ou seja, do total de 69,9 bilhões exportados neste ano, quase um sexto é para a China.
Exportações brasileiras por país em bilhões de dólares americanos
País | 1990 | 2000 | 2005 | 2008 | 2009 (jan-jun) |
---|---|---|---|---|---|
Estados Unidos | 7,5 (1º) | 13,1 (1º) | 22,5 (1º) | 27,4 (1º) | 7,2 (2º) |
Alemanha | 1,8 (2º) | 2,5 (3º) | 5,0 (4º) | 8,5 (4º) | 2,7 (4º) |
Argentina | 0,6 (3º) | 6,2 (2º) | 9,9 (2º) | 17,6 (2º) | 4,9 (3º) |
China | 0,3 (4º) | 1,0 (4º) | 6,8 (3º) | 16,4 (3º) | 10,4 (1º) |
Fonte: SECEX/MDIC (clique acima no nome do país para acessar as respectivas séries históricas)
Não é novidade o surgimento da China como megapotência no cenário internacional, pois o país vem registrando nos últimos anos elevadas taxas de crescimento, com fôlego mesmo após o advento da crise no ano passado. Além disso, a China tem se destacado no cenário internacional das artes e do esporte, despertando o interesse de brasileiros em conhecer a cultura e o idioma daquele país. Isso tem se refletido na procura crescente pelas atividades oferecidas pelo Instituto Confúcio na Unesp, órgão autorizado pelo governo chinês para promoção do ensino do mandarim e intercâmbio cultural.
Inaugurado no final de novembro do ano passado em São Paulo, como resultado de um convênio entre a Unesp e a Universidade de Hubei, o Instituto Confúcio na Unesp iniciou as primeiras turmas de mandarim em maio em São Paulo e, logo em seguida, expandiu a oferta também para o interior do Estado, em Marília. Para atender a crescente demanda, dois novos professores acabam de ser contratados e desembarcaram da China em São Paulo na última sexta-feira (17 de julho). Eles serão responsáveis pelas novas turmas que começam em agosto.
Aprendizado inclui alfabetização com ideogramas – Aprender uma nova língua é certamente um diferencial competitivo num mundo em crescentes relações internacionais. Mas, quando o idioma é o chinês, os desafios podem parecer maiores, pois incluem também a “alfabetização”, ou seja, a leitura e escrita por meio de ideogramas. Essa entretanto não é uma dificuldade, pois o "método utilizado, aprovado pelo Ministério da Educação da China (Hanban), foi totalmente desenvolvido para o público ocidental e, em especial o brasileiro, o que facilita o aprendizado", garantem os professores.
O curso é composto por três níveis (básico, intermediário e avançado), cada um com três módulos, de 40 horas cada (um semestre). As aulas, com duas horas de duração, incluem conversação e escrita e acontecem uma vez por semana, de modo a conciliar o curso com as concorridas agendas dos alunos, em sua maioria profissionais que já realizam negócios com a China ou que veem no aprendizado do idioma uma chance para um upgrade em suas carreiras. Segundo a direção da entidade, em um ano e meio é possível dominar uma conversação básica.
Além dos horários regulares (a partir 7 da manhã ou à noite), é possível ainda montar turmas em horários específicos para grupos, conforme a disponibilidade dos alunos, como na hora do almoço ou nos finais de semana.
Os alunos contam com uma biblioteca com variado acervo de publicações, incluindo livros, periódicos, CDs e DVDs, além de laboratório de línguas e plantão de dúvidas.
Bolsas gratuitas para jovens de escolas públicas – Por estar vinculado a uma universidade pública, o Instituto Confúcio na Unesp cumpre também um papel social ao oferecer bolsas integrais, incluindo o material didático, para estudantes provenientes de escolas públicas. A proposta é proporcionar a oportunidade de jovens poderem se preparar para os novos desafios que o mundo contemporâneo apresenta.
A nova turma começa no dia 6 de agosto, com aulas às quintas-feiras, das 14h às 16h. Para se inscrever, o aluno deve procurar diretamente a entidade.
Atividades culturais complementam o aprendizado – Ao lado das atividades didáticas, o Instituto Confúcio na Unesp realiza várias ações culturais, abertas ao público em geral, que visam proporcionar o conhecimento sobre a cultura chinesa.
Neste mês, por exemplo, está acontecendo a I Mostra de Cinema Chinês, com documentários e longas-metragens cedidos pelo governo da China, que retratam a vida, a história e os costumes do povo. As exibições são gratuitas e acontecem às terças, sextas e sábados, até 9 de agosto, na sede do Instituto Confúcio, na Praça da Sé, 108 – 4º andar.
E no dia 10 de agosto, será inaugurada uma exposição sobre a escrita chinesa, com mostra de painéis e peças desde a pré-história que acompanham a evolução dos registros deste milenar idioma. Também gratuita, será realizada na nova sede do Instituto de Artes da Unesp, ao lado do metrô Barra Funda.
Em agosto, começa também o curso de História da Arte Chinesa, que vai abordar desde a caligrafia, passando pela pintura, escultura, cerâmica, seda, bronze e jade, até a arte contemporânea. Com início no dia 4 e término em 24 de setembro, as aulas acontecem às terças e quintas, das 18h às 20h.
O Instituto Confúcio na Unesp também tem atendido a demandas pontuais de empresas que precisam preparar rapidamente seus executivos para missões comerciais àquele país, oferecendo workshops sobre o ambiente de negócios, que abrangem os cenários cultural, político, econômico, legal e tributário da China. “Mesmo sem dominar o idioma, conhecer pelo menos a cultura local faz diferença na hora de negociar com outros países, evitando situações que poderiam causar constrangimento, como o tradicional tapinha nas costas, tão típico do brasileiro e tão mal visto pelos chineses”, explica Jézio Gutierre, um dos diretores da entidade.
A programação completa do Instituto Confúcio na Unesp está disponível no site: www.institutoconfucio.unesp.br.
Instituto Confúcio na Unesp
Praça da Sé, 108 – 4º andar
01001-900 São Paulo SP
Fone (11) 3107-2943
[email protected]
www.institutoconfucio.unesp.br
Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp e do Instituto Confúcio na Unesp:
Pluricom Comunicação Integrada
Jornalista: Katia Saisi | [email protected]
Fone (11) 3774-6463 | [email protected] | www.pluricom.com.br